Vendas dos supermercados crescem 2% no primeiro semestre

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O setor supermercadista encerrou o primeiro semestre com saldo positivo nas vendas. De janeiro a junho, o crescimento real* foi de 2,00% em relação ao mesmo período de 2017, de acordo com o Índice Nacional de Vendas ABRAS, divulgado hoje (31) em coletiva de imprensa, na sede da entidade nacional, em São Paulo. Quando observado somente o mês de junho, o setor registrou queda de -0,70% na comparação com maio. Mesmo assim, o resultado foi 3,37% maior se comparado com o mesmo mês do ano passado.

 

Em valores nominais, as vendas cresceram 5,37% no primeiro semestre. Em junho, apresentaram alta de 0,55% em relação ao mês de maio e, quando comparadas a junho do ano anterior, registraram crescimento de 7,89%.

Para o superintendente da Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS), Marcio Milan, o resultado de junho (-0,70%) em relação a maio, foi impactado pela paralisação dos caminhoneiros.

 

“Já esperávamos uma queda nas vendas em relação ao mês anterior. Algumas pessoas estocaram produtos no final de maio com a preocupação de que a paralisação se estendesse por mais tempo. O setor também sofreu com o desabastecimento de alguns itens, e isso também refletiu no resultado negativo de junho”, destaca Milan.

 

Em relação ao acumulado do primeiro semestre, o superintendente destaca que, apesar do setor ter registrado crescimento de 2,00% nas vendas, o novo cenário econômico do país fez com que a ABRAS revisasse  a perspectiva de vendas para 2018.  “A nossa projeção inicial era de 3,00%. Mas, com a queda na previsão do PIB para o ano e alta da inflação dos últimos 12 meses (4,39%) próxima da meta do governo, reflexo da paralisação dos caminhoneiros, aliados à alta do dólar e a queda na produção industrial, estamos projetando 2,53% para o encerramento de 2018, um resultado ainda bem positivo, na comparação com o fechamento das vendas de 2017, que registrou 1,25%”, afirma Milan.

 

  

Abrasmercado

Em junho, o preço da cesta de produtos *Abrasmercado, pesquisada pela GfK e analisada pelo Departamento de Economia e Pesquisa da ABRAS, registrou alta de 2,70%, passando  de R$ 445,25 para R$ 457,27.

 

 

Os produtos com as maiores quedas nos preços em junho foram: cebola, creme dental, farinha de mandioca, tomate.  As maiores altas foram registradas nos itens: leite longa vida, batata, frango congelado e queijo mussarela.

 

 

Regiões (Abrasmercado)

No mês de junho, a Região Norte foi a única que registrou queda nos preços da cesta Abrasmercado (-1,59%). A maior variação foi registrada na Região Sudeste (6,70%), impactado, principalmente, pela Grande São Paulo (8,75%) e Grande Belo Horizonte (7,65%).

 

 

 

* Alta real: valor deflacionado pelo IPCA/IBGE

*Abrasmercado não é a cesta básica, mas, sim, uma cesta composta por 35 produtos mais consumidos nos supermercados: alimentos, incluindo cerveja e refrigerante, higiene, beleza e limpeza doméstica.

 

 Histórico Abrasmercado

 

Índice de Confiança

O otimismo dos empresários do autosserviço voltou a cair, de acordo com o Índice de Confiança do Supermercadista, elaborado pela ABRAS em parceria com a GfK. Em junho, a pesquisa registrou 46,9 pontos (numa escala de 0 a 100), quase o mesmo patamar de junho de 2017.  

Dentre os motivos para o menor otimismo, citados pelos supermercadistas na pesquisa, estão: paralisação dos caminhoneiros que refletiu na economia do País, e nas projeções do PIB para o ano, e dólar em alta.

 

 

 

 

 

Índice de Volume

O Índice de Volume de Vendas, elaborado pela Nielsen, registrou crescimento de 5,2% no primeiro semestre, na comparação com o mesmo período de 2017. Dentre os destaques que mais influenciaram nesse resultado estão as cestas: commodities, limpeza e mercearia.

 

 

 

 Clique aqui e confira a apresentação na íntegra.

 

 

 

 Redação Portal ABRAS


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