Setor supermercadista registra 2,26% de perdas em 2015

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Superintendente da ABRAS, Márcio Milan

 

Coordenador do Comitê ABRAS de Prevenção de Perdas,

Marcos Manea

 

 

O setor supermercadista brasileiro registrou um índice de 2,26% de perdas em 2015, o que representa em torno de R$ 6,19 bilhões em quedas anuais, de acordo com a 16ª Avaliação de Perdas nos Supermercados Brasileiros, apresentada hoje (17) no 4º fórum ABRAS de Prevenção de Perdas, que reuniu empresários e executivos da cadeia de alimentos, na sede da GS1 Brasil, em São Paulo.

 

O Fórum foi aberto pelo superintendente da Associação Brasileira de Supermercados, Marcio Milan, que ressaltou a importância da pesquisa para o crescimento sustentável das companhias e falou da necessidade de evitar o desperdício de produtos e alimentos nas lojas. "Para isso, é necessário foco, disciplina, e um trabalho diário para definir estratégias e ampliar a eficiência das empresas supermercadistas", destacou Milan.

 

O coordenador do Comitê ABRAS de Prevenção de Perdas, Marcos Manea, explicou aos participantes a metodologia da Avaliação, seus resultados, referentes ao ano de 2015 e fez comparação com o último índice de perdas registrado no setor supermercadista de 2,26% ante 2,98% de 2014. "Só conseguimos buscar soluções sobre aquilo que é identificado. Por isso, é fundamental o trabalho de identificação das perdas nas empresas. O empresário precisa saber o que está perdendo para buscar tecnologias que possam auxiliar na prevenção". Afirma Manea.


A 16ª Avaliação de Perdas, realizada pelo Departamento de Economia e Pesquisa da ABRAS, em parceria com a Fundação Instituto de Administração (FIA/Provar), contou com a participação de 302 redes supermercadistas. Dentre as principais causas de perdas registradas em 2015 pelos empresários estão: quebra operacional, furtos externos, furtos internos, erros administrativos, fornecedores e erros de inventário.

No Fórum foi apresentado aos participantes os artigos que mais sofreram perdas no ano passado, de acordo com a pesquisa, foram: doces em geral (25%), bebidas alcoólicas e bebidas em geral (22%), carnes (14%), seguido de perfumaria (9%) e desodorantes (9%), laticínios (6%), lâminas de barbear (6%), chip de celular (5%) e brinquedos (4%).

Durante o evento o público acompanhou diversas palestras sobre temas ligados à área como boas práticas em refrigeração, fluidos refrigerantes, controle de rupturas, gestão de riscos, entre outros tópicos.


Prevenção
Do total de respondentes da pesquisa, 65,9% possuem área de prevenção de perdas na empresa. No estudo foram destacados também os recursos tecnológicos mais utilizados atualmente pelos supermercadistas para prevenir as perdas nas lojas: CFTV (monitoramento por câmeras), alarmes de acesso, usos de coletor de dados para a realização de inventário, solução de monitoramento de frente de caixa, usos de coletor no recebimento, software de monitoramento e acompanhamento das perdas, entre outros.

 

Em relação às atividades adotadas para a prevenção de perdas citadas pelos supermercadistas estão: treinamento para colaboradores, definições das metas de perdas, controles e planos de ações, introdução dos processos mais cuidadosos no recrutamento e seleção e comunicação de prevenção de perdas.


Respondentes
A 16ª Avaliação de Perdas nos Supermercados Brasileiros foi realizada com base nas informações de 302 redes participantes, que somam 4.346 lojas no País. Desses, 30,53% (empresas respondentes) têm faturamento acima de R$ 100 milhões. Em 2014, essa participação era de 17,84%.
De acordo com os realizadores, o objetivo da pesquisa é destacar a relevância do investimento na melhoria dos processos de prevenção de perdas no varejo brasileiro, por meio da apresentação anual da situação desta prática nas empresas que operam no País.

 

 

Natália Lima - Redação Portal ABRAS

 


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