Cresce confiança em ajustes de Levy

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O Ministro da Fazenda, Joaquim Levy, está começando a conquistar os traders de renda fixa, que estão se tornando mais confiantes de que suas medidas para reduzir o déficit fiscal do governo abrirão caminho para taxas de juros mais baixas.

 

Embora os cortes de gastos, os impostos mais altos e três aumentos seguidos da taxa de juros tenham doído nos brasileiros comuns, os traders do mercado de swaps estão sinalizando que a austeridade permitirá que o Banco Central diminua, em 2016, aquela que atualmente é a taxa de juros mais alta entre os países do Grupo dos 20. Levy não desfrutava desse nível de confiança quando assumiu o cargo no dia 5 de janeiro, porque apenas uma minoria via espaço para um alívio no ano que vem.

 

A mudança ocorreu depois que Levy elevou os preços da gasolina, mais do que duplicou alguns impostos corporativos e limitou os gastos dos ministérios para cumprir as metas fiscais. As medidas poderão ajudar a presidente Dilma Rousseff a cumprir as promessas de diminuir a inflação, que está acima da meta, e evitar um rebaixamento do crédito para o grau especulativo depois que o déficit do Brasil quase triplicou em seu primeiro mandato.

 

Desvalorização do real

 

Isso não quer dizer que todos estão convencidos. O real caiu 8,1% em relação ao dólar desde que Joaquim Levy assumiu, em um momento em que as acusações de corrupção na Petrobras reduzem o apetite dos investidores por alguns ativos brasileiros. A moeda desvalorizada também ameaça estimular a inflação ao elevar o preço das importações.

As taxas de swap sobre os contratos com vencimento em janeiro de 2017 tiveram a maior queda na semana passada em mais de três meses depois que o Brasil registrou seu primeiro superávit fiscal mensal desde 2013.

 

Os contratos implicam que as taxas de referência chegarão a um pico de 13,25% em junho e começarão a cair em fevereiro. Em relação à reunião do BC de 3 e 4 de março, os swaps estão sendo precificados em linha com um aumento 0,5 ponto percentual, para 12,75%. A assessoria de imprensa do BC não comentou. /Bloomberg

 

 

 

Fonte: DCI (05.03.2015)


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