Simples Nacional será ampliado para 142 categorias em 2015. Empresas têm até 30 de janeiro para aderir ao programa, que facilita o pagamento de oito tributos e pode representar economia de até 40%
Empreendedores que fazem malabarismo todos os meses para pagar impostos, taxas e contribuições podem ter um presente de Réveillon à sua espera. Até 30 de janeiro, empresas com faturamento anual de até R$ 3,6 milhões podem se inscrever no Simples Nacional, também chamado Supersimples, que será ampliado para 142 categorias em 2015.
Criado em 2006, o programa possibilita o pagamento de até oito tributos em apenas uma guia, um alívio na burocracia. Para muitos, pode representar também uma mordida mais suave: o Sebrae estima que a redução de impostos possa chegar a 40% para alguns setores.
– Para negócios que geram muito emprego, como comércio varejista e empresas de construção civil, costuma valer a pena, pois o benefício é maior para quem tem folha de pagamento grande – afirma Lino Bernardo Dutra, diretor do escritório de contabilidade Aupercon.
A maior parte das categorias que serão incluídas no Simples, como médicos, jornalistas, publicitários, veterinários e arquitetos, pagará alíquotas entre 16,93% a 22,45%. Esse percentual varia conforme o faturamento e o tipo de atividade. Não chega a ser tão vantajoso quanto para quem já estava no Simples, com tributos a partir de 4,5% do faturamento.
Por isso, recomenda- se avaliar caso a caso antes de aderir ao programa.
– Algumas empresas que trabalham com lucro presumido podem fazer melhor negócio se não migrarem para o Simples. Por isso, é bom pensar bem, senão o empresário pode passar o ano em um regime que irá onerá-lo ainda mais – aponta Evanir Aguiar dos Santos, diretor da Fortus Consultoria Contábil.
O Simples Nacional abrange a participação de União, Estados, Distrito Federal e Municípios. O empresário terá de continuar pagando outros impostos estaduais e municipais em separado. Diferentemente do setor de serviços, as regras para indústria e comércio são padronizadas, o que facilita a previsão de pagamento de imposto.
Erik Farina
Fonte: Zero Hora (17.12.2014)