Regra que facilita fechar empresas vai sair até a próxima sexta-feira

Leia em 1min 40s

O governo federal vai acabar com a obrigação da apresentação de certidões negativas de débitos tributários, trabalhistas e previdenciários para abertura e fechamento de empresas.

 

A nova norma será publicada até esta sexta-feira (12), segundo apurou a Folha.
De acordo com o Ministro Guilherme Afif Domingos, da Secretaria da Micro e Pequena Empresa, a partir de novembro, para dar baixa em uma empresa, o proprietário vai precisar apenas se dirigir à junta comercial.
Eventuais débitos serão transferidos para as pessoas físicas responsáveis, e a Receita Federal fará a cobrança dessas dívidas.


A medida visa reduzir a burocracia envolvida no fechamento de firmas, alvo constante de críticas em análises sobre o ambiente de negócios do país, e dar fim às empresas "fantasmas", que só existem no papel.
Com a medida, espera-se diminuir também o tempo de abertura de empresas, que hoje é de 107,5 dias, de acordo com dados divulgados pelo Banco Mundial.


A simplificação nos registros de empresa será explorada pela campanha eleitoral de Dilma como um trunfo da política microeconômica.


Supersimples


Outra medida que poderá beneficiar as pequenas e micro empresas é a criação de faixas intermediárias de tributação.
Pelo Supersimples, que atende empresas com faturamento anual de até R$ 3,6 milhões, as alíquotas do tributo unificado variam de 4% a 22,45%. Para cada degrau de faturamento incide uma alíquota. Nesta quarta-feira, Dilma reiterou que irá transformar esses "degraus" numa "rampa", para que empresas possam crescer "sem medo".
Um projeto de lei nesse sentido está em discussão no governo, que se comprometeu a encaminhá-lo ao Congresso ainda este ano.


Uma das alternativas é aplicar o imposto maior somente sobre o aumento de faturamento, e não sobre o faturamento inteiro.


"Vamos apresentar uma proposta neste ano, aí o Congresso que vai decidir. Estamos num processo eleitoral, não sei o que vai sair dele, mas não importa, nós não estamos trabalhando com o calendário eleitoral", disse Afif.


Sofia Fernandes de Brasília

 

 

Fonte: Folha de São Paulo (11.09.2014)

 


Veja também

Quem reduzir consumo de energia terá bônus na conta, diz secretário

Bônus será para quem economizar 10% de energia com relação a 2020   O Brasil passa pel...

Veja mais
Confaz prorroga até 31 de dezembro a isenção de ICMS sobre transporte no enfrentamento à pandemia

Convênios prorrogados também amparam empresas, autorizando que os estados não exijam o imposto por d...

Veja mais
Mapa estabelece critérios de destinação do leite fora dos padrões

PORTARIA Nº 392, DE 9 DE SETEMBRO DE 2021   Estabelece os critérios de destinação do le...

Veja mais
Empresa não deve indenizar por oferecer descontos apenas a novos clientes

Não há vedação legal para que fornecedores de serviços ofereçam descontos apen...

Veja mais
Justiça do Trabalho é incompetente para execução das contribuições sociais destinadas a terceiros

A 9ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região (TRT/RJ), ao julgar um agravo de petiç&...

Veja mais
Corte Especial reafirma possibilidade de uso do agravo de instrumento contra decisão sobre competência

A Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça (STJ) acolheu embargos de divergência e reafirmou o entend...

Veja mais
Partidos questionam MP sobre remoção de conteúdo das redes sociais

Seis legendas buscam no STF a suspensão dos efeitos da norma assinada pelo chefe do Executivo federal.   O...

Veja mais
Consumo das famílias cresce 4,84% em julho, diz ABRAS

Cebola, batata e arroz foram os produtos com maiores quedas no período   O consumo das famílias bra...

Veja mais
Lei que prorroga tributos municipais na epidemia é constitucional, diz TJ-SP

Inexiste reserva de iniciativa de projetos de lei versando sobre matéria tributária, a teor do dispos...

Veja mais