Férias não pagas são devidas em dobro

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TST transforma vários entendimentos trabalhistas consolidados em súmulas, que servem de diretriz a novas decisões
Temas incluem jornada de trabalho, participação nos lucros, insalubridade e responsabilidade pelo pagamento de peritos


O TST (Tribunal Superior do Trabalho) transformou em Súmula uma série de decisões trabalhistas tomadas nas últimas décadas.


Isso significa que decisões judiciais na área devem tomar tais entendimentos sobre a legislação como diretriz.
A resolução divulgada nesta quinta-feira (22) converte em súmula 11 orientações já publicadas pelo TST.
De acordo com o tribunal, não há nenhuma alteração importante em relação aos entendimentos existentes.


Férias


Em relação ao período de férias, por exemplo, o TST esclarece que é devido o pagamento em dobro, caso a remuneração não seja depositada até dois dias antes do início do período de folga.


Jornada


Também fica definido que não tem validade qualquer cláusula prevista em convenção ou acordo coletivo que aumente o limite de cinco minutos antes ou no final da jornada de trabalho, limitado a dez minutos diários.


Participação no Lucro


Não é necessário que o contrato de trabalho esteja em vigor na data prevista para distribuição de lucros para que o trabalhador tenha direito ao benefício.
"Assim, inclusive na rescisão contratual antecipada, é devido o pagamento da parcela de forma proporcional aos meses trabalhados", diz o TST.


Insalubridade


Não basta a constatação da insalubridade por meio de laudo pericial para que o empregado tenha direito ao respectivo adicional. É necessária também que a atividade esteja na relação oficial do Ministério do Trabalho.
Para os serviços de higienização de instalações sanitárias de uso público ou coletivo de grande circulação, e a respectiva coleta de lixo, é necessário pagamento de adicional de insalubridade em grau máximo.


Periculosidade


Quando o pagamento de adicional de periculosidade é efetuado por decisão da empresa, ainda que de forma proporcional ao tempo de exposição ao risco ou em percentual inferior ao máximo legalmente previsto, não é necessário realização da prova técnica para comprovar existência do trabalho em condições perigosas.
O pagamento "torna incontroversa a existência do trabalho em condições perigosas", afirma o TST.

Perícia
A União é responsável pelo pagamento dos honorários de perito para beneficiário da assistência judiciária gratuita.

 


Fonte: Folha de São Paulo (23.05.2014)

 

Confira a íntegra da Resolução 194/2014, que aprovou as alterações.

 


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