Varejo agora aposta no Carnaval

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Expectativa é de que pelo menos 1,5 milhão de pessoas seguirão os cerca de 200 blocos carnavalescos da Capital

 

 



Com o renascimento do Carnaval de rua de Belo Horizonte nos últimos anos - a prefeitura estima que em 2015 mais de 200 blocos desfilem e a expectativa é de um público de 1,5 milhão de pessoas -, o comércio varejista está voltando a apostar na data para alavancar as vendas em fevereiro. Uma pesquisa da Federação do Comércio do Estado de Turismo de Minas Gerais (Fecomércio-MG), divulgada ontem, mostra que 26,7% dos comerciantes entrevistados acreditam que o Carnaval deste ano terá impacto positivo no varejo da Capital. O percentual, apesar de ainda baixo, é 9,9% superior ao registrado em igual levantamento realizado no ano passado.

"Temos ainda uma maioria (73,3%) de comerciantes que estão céticos em relação ao Carnaval. Sabemos que a mudança é gradual, ainda mais se tratando de empresários mineiros, que são do tipo que precisam Àver para crer". No ano passado, os que apostaram se surpreenderam. Este ano, será a mesma coisa. Se tudo correr como o esperado, em 2016 teremos números bem mais positivos na pesquisa", afirma a analista da Fecomércio-MG Mariana Lima.

Entre os motivos apresentados pelos mais otimistas para voltar a apostar nos dias de folia em Belo Horizonte estão a perspectiva de movimento maior nas lojas com a presença de mais turistas na cidade, o que sucessivamente irá ampliar as vendas.

"A sazonalidade dos meses de janeiro e fevereiro sempre impactam o setor, são períodos de pouca expressividade no varejo. Com a retomada do Carnaval em Belo Horizonte, os comerciantes podem recuperar um pouco os resultados, já que o Natal do ano passado também não foi bom", diz Marina.


Supermercados -
Para os empresários que esperam vender mais em relação ao último Carnaval, 82,2% acreditam em vendas até 20% superiores a 2014. Os segmentos mais otimistas são os de hipermercados e supermercados, seguido por calçados e artigos de viagem e, em terceiro lugar, livrarias e papelarias.

Já para os 73,3% que que não têm boas expectativas em relação ao período, o motivo apontado é o esvaziamento da cidade, já que muitas famílias viajam no Carnaval, o que reduz o movimento nas lojas. Além disso, os comerciantes também citaram a crise no comércio varejista e o endividamento das pessoas.

Dos 379 empresários entrevistados entre os dias 26 e 28 de janeiro pela Fecomércio-MG, 74,9% afirmaram que abrirão as portas durante o período de festa, sendo que, dessas empresas, 20,9% funcionarão todos os dias. Entre as restantes, 63,5% abrirão na Quarta-Feira de Cinzas a partir de 12 horas, e 11,8% somente na segunda e quarta-feira.

Entre as medidas que os lojistas pretendem adotar para incrementar as vendas estão as promoções (52,1%); investir na vitrine e decoração das lojas (15,4%) e na publicidade e propaganda (10,5%). A analista da Fecomércio-MG avalia que o aumento de atrativos ofertados na Capital conta a favor do varejo.

"Antes o foco era somente o público de negócios. Atualmente há um cuidado cada vez maior em promover lazer e cultura, tanto para a população quanto para os visitantes.  o caso da Virada Cultural, Circuito Cultural Praça da Liberdade e o próprio Carnaval. Muitos empresários belo-horizontinos ainda associam o período carnavalesco à baixa sazonalidade na cidade, mas essa realidade está mudando", ressalta.



Veículo: Diário do Comércio - MG


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