Lojistas da Savassi se unem para estimular as vendas

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O grupo aposta em ações como descontos, ruas de lazer e desfiles

 



Ao invés de assistir à crise financeira do balcão, enquanto aguardam uma retomada da economia nacional, 50 lojistas da região da Savassi, na capital mineira, resolveram se unir e “arregaçar as mangas” para estimular o comércio local. Em parceria com a Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL-BH), os empresários criaram, há cerca de dois meses, o grupo “Viva, Savassi!”. O objetivo é melhorar a atividade econômica na região através de promoções e realização de eventos culturais.

A primeira ação do grupo foi o lançamento do “Passaporte Savassi”, destinado às compras do Dia das Mães, segunda melhor data comemorativa para o varejo brasileiro. Na ocasião, ao realizar uma compra de qualquer valor entre os credenciados, os clientes ganhavam o passaporte com 50 cupons de descontos, que chegavam a 50% do valor original. A ideia agora é de que a ação seja estendida para outras datas e ocorra pelo menos quatro vezes por ano.

Diretor do Conselho Regional CDL Savassi, Alessandro Runcini revela que o “Viva, Savassi!” já estuda também outras medidas para aquecer a economia local. Entre elas, estão a execução de desfiles de moda, apresentações musicais e eventos de arte, todos de menores proporções, na região, tradicionalmente conhecida pelo seu viés cultural e de lazer.

“Estamos tentando driblar essa situação criando pautas positivas para o comércio. Nossa intenção é colocar, por exemplo, uma apresentação de violino, em um dia, de saxofone em outro. Tudo isso para tentar reverter a situação, porque se dependermos de nossos governantes, não vai dar”, explica Runcini. O grupo de lojistas, junto à CDL Savassi, têm apostado na divulgação das ações por meio das mídias sociais para fortalecer a iniciativa.

Uma conquista obtida para a região, há mais tempo, pela CDL-BH e ressaltada por Runcini é a aprovação, junto à Prefeitura, da instalação da Feira de Plantas e Flores, aos sábados, no quarteirão fechado da rua Antônio de Albuquerque. Segundo o diretor do Conselho, a previsão é de que a feira comece a funcionar em julho, de 9h às 14h. Outro projeto liderado pela entidade, mas sob avaliação, é a criação da Rua de Lazer, que ocuparia os quarteirões da avenida Getúlio Vargas situados entre as ruas Rio Grande do Norte e Alagoas. O espaço seria fechado aos domingos, de 9h às 14h, para a diversão da população.

Apesar das iniciativas, Runcini lembra que ainda há problemas antigos na região, que, se solucionados, poderiam servir para alavancar as atividades do comércio local. O principal deles, de acordo com o diretor, é a falta de áreas para estacionamento. O déficit hoje seria de mais de mil vagas na Savassi. “O ideal seria a criação de um edifício-garagem, que não traria empecilhos do ponto de vista de sua construção e poderíamos ter muitas vagas na região”.

A presidente da Associação dos Lojistas da Savassi (Alsa), Maria Auxiliadora Teixeira, compartilha da mesma opinião e avalia que a queda no número de vagas com as obras de revitalização feitas na região acabou prejudicando os lojistas. “Hoje, nosso maior problema é estacionamento. Perdemos muitas vagas, cerca de 480, por conta do fechamento de alguns quarteirões. Isso contribuiu para uma perda grande nas vendas”, destaca.

A boa notícia, segundo Maria Auxiliadora, é que a confiança, fundamental para a retomada do consumo, parece começar a voltar entre os belo-horizontinos. “Estamos sentindo uma pequena mudança no comportamento do consumidor da capital. Está havendo uma certa confiança no mercado e isso é o que é mais importante. O cliente está retornando, mostrando interesse em alguns produtos, e, mesmo que não compre, isso já é um bom sinal”.



Veículo: Diário do Comércio - MG


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