A partir de novembro, carioca poderá retirar compras feitas pela internet

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A partir de novembro, os consumidores que fizerem compras pela internet poderão retirar os produtos nas estações de metrô do Rio. As mercadorias ficarão guardadas em armários — também chamados de lockers — que serão abertos com um código de segurança enviado para o celular dos compradores. Essa modalidade de entrega, comum nos Estados Unidos e na Europa, já é usada por algumas redes de varejo no Brasil, e a expectativa é que ganhe popularidade por aqui.

 

A plataforma de logística que ficará disponível nas estações de metrô foi desenvolvida pela empresa brasileira Clique&Retire e está integrada aos principais sites de comércio eletrônico do país. Segundo a empresa, esse novo modelo de entregas vai atender a uma demanda de 47% dos cariocas, que têm acesso prejudicado ao comércio virtual por residirem em áreas de risco ou sem endereço postal.

 

A opção pelo locker será feita no momento da compra e será possível escolher em qual estação.

 

Charles de Sirovy, diretor do MetrôRio, afirma que, inicialmente, os lockers estarão disponíveis em 38 das 41 estações. Cada unidade terá cerca de 80 armários.

 

— O metrô é onde o carioca se sente seguro — diz Sirovy.

 

O vice-presidente da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (Abcomm), Rodrigo Bandeira Santos, observa que os lockers são uma tendência mundial, mas ressalta que o mercado nacional tem suas peculiaridades:

 

— O uso dos armários dará ao consumidor mais autonomia e permitirá que pessoas que antes não receberiam os produtos possam passar a comprar pela internet. A tendência é que os lockers cheguem a outros lugares, como aeroportos, postos de gasolina e shoppings, mas é preciso lembrar que em alguns locais pode ser complicado, do ponto de vista da segurança, usar o celular ou retirar um produto.

 

A Clique&Retire também pretende instalar, nos próximos seis meses, 200 terminais de autoatendimento em lojas de conveniência BR Mania de Rio e São Paulo.

 

O comércio eletrônico deve atingir um volume de vendas de R$ 79,9 bilhões em 2019, segundo a ABComm. Isso representa um crescimento de 16% em relação ao ano passado. Caso a projeção se cumpra, será o maior avanço anual desde 2015.

 

De olho nesse mercado, as redes de varejistas já veem os lockers como mais uma opção de entrega. A Via Varejo lançou o serviço em janeiro para a retirada de produtos das redes Pontofrio, Casas Bahia e Extra. Uma parceria com a InPost e a rede Ipiranga, os lockers ficam em postos de combustíveis em São Cristóvão, Jacarepaguá, Jardim Botânico, Botafogo e Barra da Tijuca.

 

Já a Leroy Merlin, em parceria com a NewPost, começou a implementar o serviço de lockers em abril. Os armários ficam do lado de fora das lojas da rede. O objetivo é evitar filas para os clientes que forem buscar mercadorias compradas pelo site.

 

Já o problema da violência urbana deu origem ao crowdshipping, em que moradores de comunidades realizam as entregas em áreas aonde Correios e transportadoras não vão.

 

Criada em 2016, a plataforma Eu Entrego conecta varejistas a entregadores, que podem se cadastrar para fazer as entregas a pé, de bicicleta, moto ou carro.

 

Segundo Renato Junoy, executivo-chefe da Eu Entrego, a plataforma está em expansão no Rio e quer crescer ainda em Niterói, Duque de Caxias e Nova Iguaçu.

 

Fonte: O Globo

 


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