Magazine Luiza vê preço igual na loja física e virtual

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O presidente do Magazine Luiza, Frederico Trajano, defendeu que os preços de produtos em lojas físicas e virtuais precisarão ser equiparados no longo prazo. Durante evento do Credit Suisse em São Paulo, Trajano afirmou que acredita numa convergência desses preços "em 5 ou 10 anos".

 

O desafio para essa equiparação, disse Trajano, é o nível de despesas associados à operação de loja física. "Será preciso retirar muito SG&A (despesas com vendas, gerais e administrativas) das lojas físicas", concluiu.

 

Trajano estimou que hoje, em média, os preços nas lojas físicas chegam a ser 10% mais elevados que no comércio eletrônico. De acordo com ele, a diferença varia entre os diferentes tipos de itens e há alguns produtos que são mais fortes em loja física. O executivo considerou que produtos de maior giro tendem a ser o foco da loja física enquanto itens mais de nicho ganham espaço no e-commerce.

 

No evento, Trajano apresenta ações feitas pela companhia com ferramentas do Google. Um dos instrumentos mencionados foi o "Local Inventory Adds", que indica a loja física mais próxima do consumidor com estoque do produto pesquisado, o que eleva a responsabilidade da varejista em não ter ruptura no ponto de venda. Google.

 

Telefonia celular

 

Para além das vendas, o presidente do Magazine Luiza tem discutido a possibilidade de lançar um plano próprio de telefonia celular. Trajano comentou que a companhia já evoluiu na venda de planos de telefonia em suas lojas. "Já temos internet sem fio em todas as lojas, vendemos planos de telefonia pós-pagos e não apenas o pré-pago como antigamente", comentou. "Estamos discutindo a possibilidade de lançar nosso próprio plano."

 

O executivo comentou durante o evento sobre dificuldades na relação do varejo com consumidores por dispositivos móveis. Ele afirmou que um grande número de usuários no Brasil tem acesso a conexão de internet móvel com velocidade limitada. De acordo com ele, a companhia tem pensado como oferecer experiências melhores. Para Trajano, grande parte do varejo ainda oferece uma experiência ruim de navegação em dispositivos móveis.

De bem com o cliente

 

A postura engajada com o consumidor tem surtido efeito para a rede. Segundo um levantamento da consultoria nacional DOM Strategy Partners para o ranking Mais Valor Produzido (MVP) - Varejo, o Magazine Luiza é atualmente a empresa mais valorizada pelos stakeholders , termo em inglês para publico alvo de uma empresa. Depois do Magazine aparecem empresas como Renner, Netshoes, Riachuelo e Via Varejo.

 

No quesito empresa com maior tom disruptivo foi a Reserva, marca de roupa carioca que faturou mais de 300 milhões de reais no último ano.

 

"A Reserva foi lembrada, principalmente, por mesclar qualidade nos produtos que confecciona com bandeiras sociais, sem esquecer de aliar descontração em seus pontos de vendas. Tudo isso permitiu que seus stakeholders, formado por acionistas, clientes e funcionários, enxergassem valor disruptivo que não estão ligados somente ao campo financeiro da empresa", explica, por meio de nota, o CEO da DOM Strategy Partners e coordenador geral da pesquisa MVP, Daniel Domeneghetti.

 

A consultoria ouviu mais de 300 empresas do segmento do varejo para formular a amostragem em questão.

 

 

Fonte: DCI São Paulo 


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