Mercado prevê queda do PIB de até 11%

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Os efeitos da pandemia do novo coronavírus sobre a economia brasileira fazem as instituições financeiras traçarem cenários cada vez mais pessimistas para 2020. No Sistemade Expectativas do Banco Central, atualizado ontem juntamente com o Relatório de Mercado Focus, já existe pelo menos uma instituição que projeta retração de 11,00% do Produto Interno Bruto (PIB) este ano. No Focus, a mediana atual das projeções de todas as instituições financeiras para o PIB em 2020 é de queda de 5,89%, mas este parâmetro vem piorando nas últimas 15 semanas - portanto, desde o início de fevereiro, quando a avaliação era de que o surto do novo coronavírus poderia ficar restrito à China. Após o tombo deste ano, os economistas esperam que a recuperação econômica em 2021 seja firme.

 

O Focus indica que a mediana das projeções para o PIB no próximo ano está em 3,5% - um percentual que, se confirmado, será o maior desde 2011, quando a economia avançou 4%. No entanto, o Sistema de Expectativas revela que pelo menos uma instituição é bem mais pessimista em relação ao crescimento de 2021: a projeção é de alta de apenas 1% para o PIB no próximo ano.

 

CONTAS PÚBLICAS

 

Outro ponto de preocupação para os economistas é o impacto das medidas de socorro referente à covid-19 nas contas públicas. Os números do BC mostram que, no fim de abril, a dívida bruta do governo geral estava em 78,4% do PIB.

Com a crise provocada pelo novo coronavírus - que eleva o rombo fiscal e reduz o PIB - a expectativa entre os economistas do mercado financeiro é de que este percentual supere os 80% nos próximos meses.

 

TAXA SELIC

 

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto,afirmou durante reunião com representantes do setor de cooperativas que o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC considera um “último ajuste” para a Selic (a taxa básica de juros), atualmente em 3% ao ano. De acordo com ele, este ajuste não será maior que o anterior, de 0,75 pontos. No início de maio, o BC cortou a Selic em 0,75 ponto percentual, de3,75% para 3% ao ano. O próximo encontro do Copom está marcado para junho.

 

Fonte: A Tribuna 


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