Mercado reduz projeção para expansão da economia pela 9ª vez seguida

Leia em 2min 40s

Instituições financeiras reduziram pela nova vez seguida a projeção para o crescimento da economia brasileira este ano.

 

A estimativa para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) – a soma de todos os bens e serviços produzidos no país – agora caiu de 1,71% para 1,70% este ano. Há quatro semanas, a estimativa estava em 1,98%.

 

Para 2020, a projeção foi mantida em 2,50%, após cinco reduções consecutivas. As estimativas de crescimento do PIB para 2021 e 2022 permanecem em 2,50%.

 

Os números constam do boletim Focus, publicação semanal elaborada com base em estudos de instituições financeiras sobre os principais indicadores econômicos. O boletim é divulgado às segundas-feiras, pelo Banco Central (BC),em Brasília.

 

Inflação

 

A estimativa de inflação, calculada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), foi mantida em 4,01% este ano. Para 2020, a previsão segue em 4%. Para 2021 e 2022, também não houve alteração: 3,75%.

 

A meta de inflação deste ano, definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), é 4,25% com intervalo de tolerância entre 2,75% e 5,75%.

 

A estimativa para 2020 está no centro da meta: 4%. Essa meta tem intervalo de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.

 

Para 2021, o centro da meta é 3,75%, também com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual. O CMN ainda não definiu a meta de inflação para 2022.

 

Taxa Selic

 

Para controlar a inflação, o BC usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic. Para o mercado financeiro, a Selic deve permanecer no seu mínimo histórico de 6,5% ao ano até o fim de 2019.

 

Para o fim de 2020, a projeção segue em 7,50% ao ano. Para o fim de 2020 e 2021, a expectativa permanece em 8% ao ano.

 

A Selic, que serve de referência para os demais juros da economia, é a taxa média cobrada nas negociações com títulos emitidos pelo Tesouro Nacional, registradas diariamente no Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (Selic).

 

A manutenção da Selic este ano, como prevê o mercado financeiro, indica que o Copom considera as alterações anteriores nos juros básicos suficientes para chegar à meta de inflação.

 

Ao reduzir os juros básicos, a tendência é diminuir os custos do crédito e incentivar a produção e o consumo.

 

Para cortar a Selic, a autoridade monetária precisa estar segura de que os preços estão sob controle e não correm risco de ficar acima da meta de inflação.

 

Quando o Copom aumenta a Selic, a meta é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança.

 

Dólar

 

A previsão do mercado financeiro para a cotação do dólar segue R$ 3,75 no fim de 2019 e foi ajustada de R$ 3,80 para R$ 3,79 no fim de 2020.

 

Fonte: Agência Brasil

 


Veja também

Intenção de consumo cai 2% e afetará Dia das Mães

O índice de Intenção de Consumo das Famílias (ICF), calculado pela Confederaçã...

Veja mais
Crediário lojista com juro gera competividade

Com a pretensão de disponibilizar em cinco dias os recebíveis aos comerciantes, a nova modalidade de finan...

Veja mais
Confiança da indústria aumenta 0,7 ponto de março para abril, diz FGV

O Índice de Confiança da Indústria, medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV), cresce...

Veja mais
Confiança do comércio fica estável em abril, diz FGV

O Índice de Confiança do Comércio, da Fundação Getulio Vargas (FGV), ficou está...

Veja mais
Prévia da inflação de abril é a maior desde 2015

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), considerado a prévia da inflaç...

Veja mais
Prévia da inflação sobe 0,72% no mês

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), que mede a prévia da inflaç&at...

Veja mais
IPCA-15 sobe 0,72% em abril, diz IBGE

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), considerado a prévia da inflaç...

Veja mais
Confiança do Consumidor recua 1,5 ponto de março para abril

O Índice de Confiança do Consumidor (ICC), medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV), caiu 1...

Veja mais
Desemprego: comércio foi o setor que mais fechou vagas em março

O desemprego cresceu no país no mês de março. De acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e ...

Veja mais