Aumentos de preços vão conter alta em venda de cerveja no Brasil no 4º tri, diz Ambev

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A Ambev espera que alguns dos efeitos que pressionaram seu balanço de terceiro trimestre persistam no quarto trimestre, uma vez que recentes aumentos de preços no Brasil devem conter crescimento nas vendas em volume.

 

A maior cervejaria da América Latina minimizou expectativas de acelerar lucro operacional este ano no Brasil, seu maior mercado, onde competição ferrenha e economia se arrastando têm pressionado as vendas.

 

“Leva dois a três meses para o mercado local se ajustar a aumentos de preços, por isso ainda podemos ver alguns efeitos de pressão no quarto trimestre”, disse o vice-presidente financeiro da Ambev, Fernando Tennenbaum, à Reuters.

 

O executivo acrescentou que descontos promovidos por alguns competidores também contribuíram para uma queda de 2,8 por cento nos volumes de venda de cerveja no terceiro trimestre, contribuindo para uma redução na participação de mercado da Ambev no Brasil. 

“Este comportamento atípico de precificação pelos competidores não é sustentável e é por isso que não vamos fazer o mesmo”, disse Tennenbaum, sem citar nomes.

 

Analistas do Bank of America Merrill Lynch citaram que a Ambev começou a elevar preços de cerveja em julho, enquanto a Heineken não acompanhou o movimento até setembro. “Houve sinais de aumento de promoções na marca Heineken ... Apesar disso, a Heineken segue uma competidora racional”, escreveram os analistas.

 

Segundo Tennenbaum, as principais marcas da Ambev no Brasil, incluindo Brahma, Skol e Antarctica, foram as mais afetadas pela dinâmica de preços do terceiro trimestre, mas a companhia conseguiu ter bom desempenho nas marcas premium.

 

Sobre os custos de produtos vendidos, a Ambev espera crescimento anual de cerca de 15 por cento por causa da volatilidade causada por efeitos cambiais e preços de commodities.

 

As ações da Ambev lideraram as perdas do Ibovespa nesta sexta-feira, recuando quase 7%, enquanto o índice fechou em alta de 0,38%. O lucro líquido da companhia no terceiro trimestre caiu 9,7 por cento, segundo balanço publicado mais cedo. 

“Continuamos céticos sobre a capacidade da Ambev em retomar aumentos de preços sem sacrificar volumes de vendas”, escreveram analistas do BTG Pactual.

 

Fonte: Reuters

 


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