Ambev: volume cai 8,5% no Brasil

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O volume de vendas da Ambev caiu 8,5% para 26,8 milhões de hectolitros no primeiro trimestre contra um ano antes. A gigante perdeu participação no mercado local e atribuiu o movimento ao aumento de preços no período.

"Temos confiança nas nossas plataformas comerciais e esperamos que essa tendência [de perda de participação] tenha sido de curto prazo", afirmou o vice-presidente financeiro e de relações com investidores da Ambev, Ricardo Rittes, em teleconferência com jornalistas ontem.

O executivo disse que a companhia não planeja alterar sua política de repassar inflação e alta nos impostos para os preços. No entanto, reconheceu que o reajuste contribuiu para a perda de market share no trimestre.

"Como já havíamos previsto no trimestre passado, tivemos um início de ano duro no Brasil. Mas quando olhamos para os próximos trimestres do ano, vemos uma base de comparação mais fraca", afirmou.

A receita líquida da companhia no Brasil recuou 4,0% para R$ 6,26 bilhões no trimestre, influenciada pela retração nos volumes. O Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado somou R$ 3,22 bilhões de janeiro a março, queda de 5,5% ante igual período de 2015. A companhia não divulga o lucro líquido das operações no País.

Apesar do fraco desempenho, o diretor-geral da Ambev, Bernardo Paiva, manteve as projeções para 2016. A expectativa é melhorar a geração de receita líquida e Ebitda, nos próximos trimestres, principalmente no Brasil.

"Vamos operar com mais eficiência nesse cenário e esperamos continuar tendo bons resultados. Custos não são apenas um componente nos nossos negócios, temos um grande time que busca eficiência e elabora ideias implementadas rápido para melhorar a operação" disse Paiva, em teleconferência com analistas.

Alternativa


A oferta de embalagens retornáveis de vidro também está entre as estratégias para manter as vendas este ano. A participação das garrafas retornáveis de cervejas nos mercados brasileiros passou de 4% em 2014 para 14,4% no ano passado, comentou Rittes. "Observamos uma tendência de aceleração dessa embalagem, com o consumidor buscando [o produto] porque é mais acessível", comentou ele.

O custo por produto vendido (CPV) das embalagens retornáveis de vidro também é menor, com margens melhores para a companhia.

Internacional


As operações consolidadas da companhia - que incluem outros países da América Latina, Caribe e Canadá - encerraram os primeiros três meses do ano com retração de 7,5% no volume de vendas reportado, totalizando 36,96 milhões de hectolitros. A receita líquida avançou 7,4% para R$ 11,56 bilhões no trimestre contra o mesmo período de 2015.

Já o lucro líquido ajustado da Ambev somou R$ 2,90 bilhões, recuo de 2,4% contra o ano anterior e o Ebitda ajustado cresceu 3,8%, totalizando R$ 5,26 bilhões.

 



Veículo: Jornal DCI


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