Ministério da Agricultura fará leilões de PEP e Pepro para arroz

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Após reunião com entidades do setor orizícola gaúcho, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento anunciou a realização de leilões de PEP (Prêmio para o Escoamento) e Pepro (Prêmio Equalizador Pago ao Produtor Rural) para arroz. Por orientação do ministro Blairo Maggi, os leilões foram autorizados em portaria publicada no Diário Oficial da União em 29 de dezembro e está previsto um valor aproximado de R$ 100 milhões para as operações, o que equivale a 1 milhão /1,3 milhão de toneladas de arroz. No primeiro leilão, será ofertado entre 250 mil toneladas e 500 mil toneladas. Os próximos leilões serão feitos de acordo com a demanda do mercado.

 

O edital será publicado pela Conab nos próximos dias e os leilões devem acontecer no dia 23 de fevereiro, data que marca o início oficial da colheita do cereal no Rio Grande do Sul. Produtores gaúchos são responsáveis pela maior parte da produção nacional, com mais de 8 milhões de toneladas previstos nesta safra, respondendo por mais de 60% da produção nacional.

 

As operações de PEP e Pepro são necessárias para garantir a manutenção dos preços mínimos do arroz. A partir do dia 1º de fevereiro, a saca de 50 kg, tem o valor mínimo estipulado em R$ 36,01. Para o secretário Neri Geller, a iniciativa vai amenizar os problemas enfrentados pelos produtores gaúchos. “Com os leilões de PEP e Pepro, vamos garantir o cumprimento da Política de Garantia de Preços Mínimos, pois nenhum produto pode ser vendido abaixo do mínimo estabelecido. Além disso, vamos contribuir para o que produtor possa equilibrar suas contas, honrar seus compromissos e se manter na atividade”.

 

De acordo com representantes de entidades gaúchas, os preços pagos pelo cereal estão em queda porque há um excesso de oferta no mercado e redução da demanda. Além disso, a nova safra começa a ser colhida agora, o que irá aumentar ainda mais a oferta do grão.

 

“O setor arrozeiro reivindica também leilões de AGF (Aquisição do Governo Federal), mas o assunto ainda será discutido e analisado com a equipe econômica”, ressalta Geller.

 

O PEP é um prêmio dado ao comprador que também escoa o produto conforme o preço fixado pelo governo. O cereal deve ser comprado diretamente do produtor rural ou cooperativa. Já o Pepro é um prêmio ao produtor que se disponha a vender o produto pela diferença entre o valor de referência estabelecido e o valor do Prêmio Equalizador arrematado.

 

De acordo com o 4º levantamento de Safras da Conab, divulgado no início deste mês, o Brasil vai produzir 11,6 milhões de toneladas nesta safra, em uma área de 1,95 milhão de hectares.

 

Governo vai realizar leilões para intervir no mercado de arroz

 

O governo federal garantiu aos arrozeiros mecanismos de Prêmio de Escoamento da Produção (PEP) e Prêmio Equalizador Pago ao Produtor (Pepro) para 1,2 milhão de toneladas de arroz via leilões. O anúncio foi feito pela Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura após reunião em Brasília (DF) com representantes da Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz) e Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul). O recurso garantido para as operações é de R$ 100 milhões.

 

O presidente da Federarroz, Henrique Dornelles, ressalta que o governo confirmou a expectativa da realização de leilões ainda em fevereiro com o primeiro leilão possivelmente sendo realizado durante a Abertura da Colheita. A estimativa é que sejam de 200 a 300 mil toneladas por leilão, sendo até quatro leilões a depender da demanda e de como o mercado estará se acomodando. "O importante é que durante a abertura da colheita do arroz o governo estará intervindo para sustentar preços aos produtores", salienta.

 

Dornelles informa que, além desse montante anunciado, poderão existir contratos de Aquisições do Governo Federal (AGF) para em torno de 200 mil toneladas, mas que ainda dependem de confirmação dos ministérios do Planejamento e da Fazenda. Outra medida anunciada, segundo o presidente da Federarroz, é que as fiscalizações nas fronteiras para coibir o arroz vindo de forma irregular de outros países devem iniciar imediatamente, enquanto no varejo as operações irão começar durante o mês de março.

 

 

Publicado em: Notícias Agrícolas


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