Mudança nos hábitos obriga alimentícias a adaptar atividade

Leia em 1min 40s

São Paulo - A indústria alimentícia está ampliando o portfólio em meio à crescente exigência dos consumidores por produtos mais saudáveis, disseram ontem executivos em evento do setor em São Paulo.

 

"O que tem acontecido nos últimos anos e que vem se acelerando de forma exponencial é a mudança de hábito do consumidor e a maneira como ele tem pedido para desenvolvermos [novos] produtos. Mas os nossos equipamentos e a nossa estrutura [fabril] não está totalmente preparada para isso", afirmou o diretor sênior de ingredientes alimentícios América Latina da Cargill, Laerte Moraes.

 

Segundo ele, toda a cadeia de alimentos precisa se adaptar às mudanças, desde o fornecimento de insumos até o produto final, áreas nas quais a companhia atua. "Há alguns anos, fazíamos gordura a partir do óleo de soja para os recheios de biscoito. Mas o consumidor quis coisas diferentes e começamos a trabalhar com outros tipos de óleo. Isso seria simples se houvesse só um tipo de consumidor. Mas como não é, continuo produzindo todos os tipos de gordura que fazia antes e as novas", explica.

 

A diretora de categorias da Coca-Cola Brasil, Andréa Mota, também defende a ampliação da oferta de produtos. "Estamos revisando nossas receitas, reduzimos açúcar, mas também oferecemos opções com 100% açúcar. Também ampliamos o nosso portfólio com cafés, lácteos e chás", conta a executiva.

 

Na avaliação dela, como a indústria de alimentos já tem ocupado um lugar de vilão em relação à obesidade, a postura da gigante de bebidas tem sido tentar entender cada vez mais os problemas que levam ao aumento de peso e ao mesmo tempo estimular um "consumo mais equilibrado".

 

"No caso da Coca, oferecemos embalagens menores, de 200 ml, que é uma dose, como uma opção para quem quer consumir, mas em menor quantidade", cita Andréa.

 

 

 

Fonte: DCI 


Veja também

Preço ao produtor de ovos tem alta de 37% desde janeiro

São Paulo - Os preços pagos aos produtores de ovos teve alta de 36,9% desde o começo deste ano. O v...

Veja mais
Nestlé planeja recompra de U$S20,8 bi em ações em meio a pressão de Third Point

Londres/Zurique - A Nestlé planeja recomprar até 20 bilhões de francos suíços (20,8 b...

Veja mais
Diretor da Unica vê etanol ganhando espaço do açúcar

As usinas da Região Centro-sul do Brasil seguem destinando uma boa parcela da cana-de-açúcar para a...

Veja mais
Soja: Bayer e Sumitomo vão combater ferrugem

A alemã Bayer e a japonesa Sumitomo Química anunciaram ontem acordo para a produção de um fu...

Veja mais
Nível de produção avançou em Minas Gerais

O nível de produção da indústria mineira avançou 13,5 pontos em maio no comparativo c...

Veja mais
Legitimidade de ação sobre a rotulagem do arroz é reconhecida

A Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz) obteve vit&oacut...

Veja mais
Cargill vende fábrica em SP à Döehler

A Cargill fechou um contrato para vender a fábrica de preparados de frutas, coberturas e recheios, localizada em ...

Veja mais
Meirelles: uso de FGTS para pagar seguro não se justifica

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou ontem que o uso do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS...

Veja mais
Cenário dificulta aportes no setor sucroenergético

São Paulo - A presidente da União da Indústria de Açúcar (Unica), Elizabeth Farina, d...

Veja mais