Entre os segmentos pesquisados, apenas o de insumos registrou elevação mensal, 5,26%.
O Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio mineiro recuou 0,10% em junho. Apesar do resultado negativo no mês, a taxa acumulada no ano se manteve positiva, com o PIB evoluindo 0,89% entre janeiro e junho. Com a queda de 0,10% verificada no sexto mês do ano, a renda do agronegócio mineiro estimada para este exercício é de R$ 163,492 bilhões, levando-se em conta os a preços praticados em junho. Do valor total, a estimativa é que R$ 74,867 bilhões ou 46,47% sejam oriundos da atividade agrícola e R$ 88,625 bilhões ou 53,53% sejam provenientes do setor pecuário.
"A queda observada em junho mostra que estamos sentindo mais os reflexos da conjuntura nacional, ainda que no ano o resultado esteja positivo", diz a coordenadora da assessoria técnica da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg), Aline Veloso.
Segundo o relatório, entre os segmentos pesquisados, apenas o de insumos registrou elevação mensal, 5,26%, revertendo as baixas observadas nos meses anteriores. De acordo com Aline Veloso, o resultado mostra que os custos de produção estão mais altos, em grande parte devido à desvalorização do real frente ao dólar.
O resultado positivo observado nos insumos mostra que os custos estão maiores para os produtores. No período foi registrada alta nos preços dos fertilizantes, adubos, em produtos para alimentação animal, combustível entre outros. Em vários insumos, a alta é em função da desvalorização do real frente ao dólar, mostrando a dependência que temos de matérias-primas que são importadas. "Também foi verificada redução na quantidade adquirida de fertilizante e corretivos, o que terá reflexo nos custos da próxima safra. Ainda é cedo para afirmar, mas a situação pode causar impacto também na produtividade", observa.
Já os segmentos básico, indústria e serviços recuaram 0,15%, 0,87% e 0,42%, respectivamente. No acumulado do ano, os resultados mostram elevações de 1,73% para o setor básico, 1,59% para insumos, 0,79% para serviços, e queda de 0,51% para indústria.
Veículo: Jornal Diário do Comércio - MG