Novas opções de big data cabem no bolso de varejistas

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Ferramentas de big data mais acessíveis e ajustadas às pequenas operações são trunfos das empresas de TI que buscam um consumidor empresarial com poder de investimento menor. Dessa forma, utilizar os dados gerados a partir da experiência do cliente na web - e agora até mesmo fora dela - ganha novos adeptos, sobretudo no varejo.

De acordo com um levantamento realizado pela consultoria Frost & Sullivan, atualmente apenas 10% das empresas brasileiras utilizam ferramentas de big data no cotidiano. Ainda assim, cada vez mais gestores estão cientes das vantagens que a utilização correta do material coletado pode ocasionar - o mesmo estudo afirma que 34% das companhias pretendem contratar uma ferramenta do gênero.

No caso da fornecedora de tecnologia MicroStrategy, essa demanda já começou a ser sentida. "Todo o mercado, de alguma forma, está analisando business analytics [análise de negócios, em tradução livre, ou BI]", afirmou a presidente da empresa no Brasil, Cynthia Bianco, destacando a demanda de seguradoras e agências de viagens. É o comércio, porém, quem puxa a procura. "É um setor mais competitivo e sensível à questões de estoque", lembra a executiva. Entre os préstimos muito demandados está a obtenção de dados sobre preços de competidores para base de comparação.

Cynthia conta que o acesso aos pequenos lojistas foi facilitado depois que a empresa lançou uma versão atualizada de seu software - a MicroStrategy 10 Secure Entreprise - que dispensa a utilização de servidor. "Tivemos de reescrevê-lo para que a pequena pudesse instalar em seus próprios computadores", conta a presidente da empresa. A facilidade permitiu que departamentos isolados e até mesmo empreendedores individuais tivessem acesso às facilidades do serviço. "Se as operações crescerem, ele pode simplesmente migrar [para uma solução mais robusta]", explica Cynthia.

Até o momento, é a procura de clientes menores que tem sustentado as operações. "Se as vendas enormes
não estão acontecendo, temos muitas pequenas e médias para compensar", afirmou a executiva.

As redes sociais e os registros de utilização da web catalogados pelos navegadores são as principais fontes de dados que alimentam as ferramentas de BI utilizadas pelo comércio e pelos negócios em geral. Para a FX Flow Intelligence, contudo, a "vida real" não deve ser desconsiderada pelas ferramentas de business analytics.

A empresa nasceu de um investimento de R$ 8,5 milhões realizado pelo grupo de investimentos HiPartners Capital & Work; o objetivo, trazer a inovação do big data para o ambiente físico. Mesmo criada este ano, a empresa já atende a clientes como as redes Marisa e Multicoisas. O CEO da empresa, Marcelo Tavares, conta que a ferramenta funciona através de um dispositivo chamado peek computer, um microcomputador que monitora a dinâmica do consumidor dentro da loja.

Cada dispositivo custa R$ 299. "É um novo modelo de gestão que cabe no bolso de qualquer varejista", afirma Tavares, lembrando que, no caso de uma loja menor, apenas um peek computer já é capaz de dar conta do recado Entre as fontes de dados do sistema está a relação entre fluxo de clientes com variáveis como arrumação da vitrine, trânsito e até mesmo clima. Também são indexados dados sobre conversão de vendas por funcionário e quais sessões da loja atraem mais clientes. "O varejista não pode ficar contabilizando o que já passou", afirmou Tavares. "A análise off-line permite que ele entenda o que está acontecendo em sua loja em tempo real."





Veículo: Jornal DCI


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