Parceria com grife rende pouco para varejo de moda

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Mesmo sem obter incrementos significativos nas receitas, as redes varejistas de vestuário vão manter o ritmo de colaboração com grifes, estilistas e celebridades do mundo da moda neste ano.

A Riachuelo, que já na década de 80 fez uma coleção com o estilista baiano Ney Galvão, estima que as coleções em parceria com outras grifes representem 0,5% do volume de peças comercializado neste ano."Não é um montante muito significativo. A intenção realmente é democratizar as grifes e também trazer uma visibilidade maior à nossa rede e aos estilistas parceiros", afirma Flávio Rocha, presidente da companhia.

O impacto das parcerias nas vendas é um pouco maior, de 1%, pois o tíquete médio das peças vendidas na rede com a assinatura de uma grife é superior ao de outras coleções sem assinatura."Enquanto a peça mais cara de outras coleções custa R$ 199, uma roupa em parceria com a Versace é vendida a R$ 399", diz Rocha.A Riachuelo faz, em média, dez parcerias por ano.

Na C&A, as cerca de oito parcerias feitas por ano são decididas por meio de um "conselho fashion", que reúne 1.500 clientes assíduos da rede de varejo escolhidos de forma aleatória."As peças de parcerias são vendidas mais rapidamente que a média e 50% das clientes que compram um item de assinatura voltam para comprar itens de outras coleções", diz Claudia Albuquerque, diretora da C&A."As roupas de grife custam de 20% a 50% mais na rede."

 ETIQUETA PRÓPRIA

A Renner, que nunca convidou estilistas ou grifes para assinar coleções em conjunto, não pretende adotar esse modelo."É questão de estratégia, não é que não dê retorno financeiro. Uma coisa é uma marca ser conhecida, outra coisa é ter um significado. Prezamos em ter significado", afirma José Galló, presidente da rede.

O cenário de parcerias de moda no exterior é diferente do que ocorre com as varejistas brasileiras, de acordo com o executivo."Lá fora, as redes fazem de forma mais moderada, oportunamente, não sistematicamente", diz."Se terceirizamos a moda, que é o nosso 'core business', é como se não soubéssemos fazê-la. Apostamos no desenvolvimento próprio", afirma Luciane Franciscone, da Renner."Nossas clientes são mulheres normais, não somos excludentes. Trabalhar com ideais pode ser bom, mas também pode não ser", acrescenta o presidente da rede varejista.



Veículo: Jornal Folha de S.Paulo


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