Faturamento com eletroeletrônico recua 24%

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Polo Industrial de Manaus somou R$ 31,9 bilhões em faturamento nos cinco primeiros meses do ano, queda de 9,81% frente a igual período de 2014. Setor de mineral não metálico lidera perdas

São Paulo - O faturamento das fabricantes de eletroeletrônico instaladas no Polo Industrial de Manaus (PIM) somou R$ 9,36 bilhões nos cinco primeiros meses de 2015, queda de 23,66% sobre um ano antes.

De acordo com o levantamento da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), o setor eletroeletrônico responde pela maior parte do faturamento da Zona Franca, com 29,32% de participação no total. O setor de duas rodas aparece como o segundo com maior em participação com 17,67%, seguido de bens de informática com 17,32% e pelo setor químico com 13,12%. Ao todo, o faturamento do polo até maio caiu 9,81% na mesma base, para R$ 31,9 bilhões.

Embora seja o mais representativo, o recuo em eletroeletrônicos no acumulado até maio foi superado pela queda de 73,78% no setor de mineral não metálico, ainda na comparação anual.

O recuo nas vendas de minerais não metálicos é atribuída, em parte, a demanda mais fraca por parte do setor de construção civil.

No acumulado de janeiro a maio, a retração no faturamento dos setores de isqueiros, canetas e barbeadores (-15,44%), editorial e gráfico (-13,11%), papel e papelão (-11,03%), madeireiro (-7,69%) e metalúrgico (-9,82%) são os principais destaques negativos no Polo.

O superintendente da Suframa, Gustavo Igrejas, destacou, em nota enviada à imprensa, que o desempenho do parque fabril de Manaus tem sido impactado pela conjuntura econômica. Hoje, mais de 90% da produção na Zona Franca é destinada ao mercado local.

Na contramão da maior parte da indústria da região, os setores naval (+36,05%), de vestuários e calçados (+17,89%), têxtil (+14,26%), ótico (+8,33%), de produtos alimentícios (+6,37%), mobiliário (+5,15%) e químico (+5,07%) registraram faturamento maior nos primeiros meses do ano frente igual período de 2014.

Em relação ao volume produzido acumulado até maio, a Suframa destacou a fabricação de home theater com alta de 129,14%, condicionador de ar tipo janela (+,99%), blu-ray (+75,34%), ar-condicionado tipo split (+28,31%), aparelho blu-ray (+28,14%), lâminas e cartuchos (+15,69%) e unidade evaporadora para split (+13,61%) como as principais contribuições positivas no desempenho da região.

Desaceleração

O avanço da produção nessas categorias de produto, entretanto, não foi suficiente para compensar a desaceleração da atividade na Zona Franca.

Com a demanda em baixa, as férias coletivas, comuns nessa época, foram prolongadas para até 20 dias esse ano. Geralmente, a parada programada na produção dura 15 dias. "Além do tempo mais extenso, segmentos que antes não paravam totalmente, como as linhas de televisores, estão deixando de produzir", disse o presidente do Centro da Indústria do Estado do Amazonas (Cieam), Wilson Périco, em entrevista recente ao DCI.

De janeiro a maio, a produção de televisores com tela de plasma na Zona Franca de Manaus registrou recuo de 98,42% na comparação com o mesmo período do ano passado.



Veículo: Jornal DCI


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