Alpargatas já opera com 70% da capacidade na fábrica mineira

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A produção das sandálias Havaianas em Montes Claros (Norte de Minas) segue a todo vapor, apesar da perda de ritmo da economia brasileira. Atualmente, a unidade opera com 70% de sua capacidade instalada, de acordo com o presidente da Alpargatas, Márcio Utsch. Com uma capacidade instalada de 100 milhões de pares/ano, a fábrica da Alpargatas no Norte de Minas foi inaugurada em 2013, mediante investimentos que totalizaram R$ 279 milhões.

De acordo com Utsch, o ritmo atual de produção da unidade mineira está dentro do planejado pela empresa. Ele explica que ainda levará cerca de 12 meses para que a fábrica alcance a sua capacidade plena. A manutenção do ritmo de produção na fabricação dos calçados em Montes Claros se dá em meio ao momento em que diversos segmentos industriais estão reduzindo a utilização da capacidade instalada. Isto se dá em função da queda significativa no consumo interno registrada neste ano.

Porém, a empresa continua a registrar crescimento em 2015. No primeiro trimestre, a receita líquida aumentou 8,7% na comparação com o mesmo intervalo do ano passado. O resultado atingiu R$ 948,9 milhões, contra 873,1 milhões em 2014. De acordo com o executivo, em época de crise, as marcas líderes, tradicionalmente, são as que mais prosperam. Este é o caso de algumas das controladas da Alpargatas, como a Havianas, a Topper e a Rainha.

Em um momento em que o poder de compra está menor, os consumidores optam por produtos com menores preços e maior valor agregado. "A Havaianas, por exemplo, é um produto mais barato e que tem uma excelente relação custo-benefício", afirma.

Economia - Em relação ao momento econômico, Utsch avalia que a baixa credibilidade do governo é fruto do entrave enfrentado hoje pelo Brasil, e que precisa ser corrigido. "Portanto, aumentar imposto não aumenta a credibilidade e, na minha opinião, agrava o problema", afirma.

Segundo ele, o aumento da carga tributária tem como efeito o "enxugamento da economia". Ou seja: está retirando recursos disponíveis no mercado. "Este dinheiro tinha que circular para não haver mais desemprego", defende. Além de resolver a questão da baixa credibilidade, Utsch ressalta que tanto as empresas quanto o setor público precisam investir em infraestrutura, para que o país volte a crescer.

De acordo com o último balanço financeiro divulgado pela companhia, a Alpargatas registrou lucro líqüido de R$ 99,2 milhões no primeiro trimestre. O montante é 17,3% superior ao resultado do acumulado de janeiro a março do ano passado, quando ele totalizou R$ 84,6 milhões.

O Ebitda - lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização - cresceu 15,7% na mesma base de comparação. O resultado passou de R$ 139,1 milhões para R$ 161 milhões. A margem Ebitda atingiu 17%, contra 15,9% no primeiro trimestre do ano passado.




Veículo: Diário do Comércio - MG


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