Apoio ao cultivo de algodão em Minas

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Proalminas, projeto de estímulo à produção, atrai a adesão de 42 empresas do setor têxtil

 



No próximo dia 7 de maio a assinatura de acordo marca o início do período produtivo 2015/16 do Programa Mineiro de Incentivo à Cultura do Algodão (Proalminas), projeto que estimula a produção estadual de algodão em pluma. A expectativa é que 42 empresas do setor têxtil participem do projeto no período produtivo atual, que vai de abril de 2015 a março de 2016. No ano anterior, as empresas foram responsáveis pela aquisição de 19.651 toneladas de algodão em pluma, sendo a produção estadual de 28.300 toneladas.

O Proalminas foi criado pela Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa) com objetivo de elevar o nível de produtividade do algodão com a adoção de tecnologias apropriadas, manejos adequados e sementes melhoradas, reduzindo o custo de produção, aumentando a produtividade e rentabilidade da lavoura. Também tem o objetivo de estabelecer mecanismos de comercialização que garantam ao produtor maior renda e retorno do investimento

De acordo com a assessora técnica do Proalminas e secretária-executiva do Conselho Gestor do Proalminas, Fabrícia Ferraz Mateus Lopes, o projeto tem contribuído para que a produção de algodão em pluma e a qualidade sejam estimuladas. "O trabalho interligado entre os produtores, as indústrias e o governo vem trazendo resultados muito favoráveis para a cadeia. Ao participar do programa, o cotonicultor que tem uma produção que se encaixe na demanda da indústria tem o comprador garantido. Além disso, a pluma negociada através do projeto tem preços superiores aos praticados no mercado, promovendo a maior capitalização e favorecendo os investimentos".

A expectativa é que, na safra atual, 42 empresas do setor têxtil de Minas Gerais participem do projeto. O volume de pluma a ser adquirido pelas empresas, cota estipulada conforme a demanda de cada unidade fabril e a disponibilidade de algodão de qualidade no mercado mineiro, ainda não foi definido.

No ano passado, o acordo previa que do volume total de pluma a ser utilizado por cada empresa, 15,33% deveriam ser oriundos do produtor mineiro, o que somou 19.651 toneladas de algodão em pluma ou 58,8% da produção total do Estado. "A grande maioria do algodão em pluma de qualidade é absorvido pelas indústrias mineiras e o restante é destinada às exportações", diz Fabrícia Lopes.

O produtor que participa do projeto recebe o valor de mercado estimado pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, da Universidade de São Paulo (Esalq), mais um adicional, hoje em 7,85% sobre o valor de mercado, mas que pode chegar a 9% conforme negociação entre os representantes da cadeia produtiva. Na safra passada, 61 produtores mineiros participaram do projeto. Já a indústria que cumpre o acordo garante desoneração fiscal junto à Secretaria de Estado de Fazenda (SEF).

Na safra atual, de acordo com os dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a produção mineira de algodão em pluma deve alcançar 26,4 mil toneladas, volume que ficará 6,7% inferior às 28,3 mil toneladas geradas anteriormente.

No Estado, a área destinada ao cultivo foi reduzida em 10%, somando 18,8 mil hectares. A produtividade média esperada é de 1,4 tonelada por hectare, avanço de 3,8% frente as 1,3 tonelada colhida anteriormente. De acordo com o levantamento da Conab, em Minas Gerais, a queda vem acompanhando a tendência baixista nos preços de comercialização de pluma, motivada pelo aumento da oferta mundial de algodão acima do crescimento do consumo.



Veículo: Diário do Comércio - MG


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