Venda cai, e Rússia é esperança na carne suína

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As exportações brasileiras de carne suína "in natura" recuaram para uma média de 1.230 toneladas por dia útil no mês passado

 



É o menor volume para os meses de fevereiro em pelo menos uma década, conforme dados da Secex (Secretaria de Comércio Exterior). No acumulado do mês, foram exportadas apenas 22 mil toneladas, 29% menos do que em igual período de 2014.

A queda nas vendas externas ocorre devido à sazonalidade das importações russas e à situação econômica daquele país, dependente das receitas do petróleo, que está com preços baixos. Mas a presença russa no Brasil está praticamente garantida nos próximos meses. Isso ocorre devido às sanções comerciais mútuas entre russos e os principais países desenvolvidos, geradas na crise política da Ucrânia.

Dependentes do mercado europeu, os russos deixaram de ser os líderes nas importações de carne suína da União Europeia em 2013, ocupando a 9ª posição no ano passado. Traduzindo em números, os europeus da UE exportaram apenas 67 mil toneladas para os russos no ano passado, 91% menos do que as 747,2 mil toneladas de 2013.

Os europeus tiveram de buscar novos mercados e incrementar outros existentes, como os da China, do Japão e da Coreia do Sul. Os chineses, principais consumidores mundiais, assumiram a liderança nas importações europeias, somando 711 mil toneladas no ano passado, 7% mais do que em 2013. Mesmo com a ampliação das exportações para outros mercados, como o da Coreia do Sul, onde o aumento foi de 108%, os europeus exportaram menos carne suína. Foram 2,94 milhões de toneladas, 5% menos ante 2013.

Se os desacertos políticos entre russos e europeus foram bons para o Brasil, elevando as exportações de carne suína para a Rússia, prejudicaram o Chile. Com excesso de produto, os europeus reduziram as importações chilenas para 2.849 toneladas em 2014. Esse volume somou apenas 8% das importações da UE, abaixo dos 21% de 2010 a 2013.

Já as compras russas no Brasil chegaram a 51% do volume total exportado pelo país em alguns meses. Na média do ano, os russos levaram 38% da carne suína brasileira, segundo dados da Abpa (Associação Brasileira de Proteína Animal).



Veículo: Folha de S. Paulo


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