Consumidor opta pelas compras a prazo

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Mesmo com o desaquecimento da economia e o aumento da inadimplência, em Belo Horizonte a maior parte dos consumidores ainda prefere comprar a prazo. O balanço do crédito do comércio varejista, divulgado ontem pela Federação do Comércio do Estado de Minas Gerais (Fecomércio Minas), mostrou que 55% das vendas realizadas em novembro foram a prazo.

 

 



O cartão de crédito continua líder entre as modalidades utilizadas para pagamento a prazo, tendo sido responsável por 80,9% das operações. Logo depois, a preferência do consumidor foi pelo cheque pré-datado (11,8%). Em seguida, apareceu o cartão de crédito próprio, aquele emitido pelas próprias lojas (4,7%), e por último vieram os boletos e carnês (2,6%).

O objetivo da pesquisa é levantar informações sobre a composição das vendas a prazo e do quadro de não recebimento do comércio varejista. Para o economista da Fecomércio Minas Caio Gonçalves, os resultados ficaram dentro do esperado e não oscilaram muito em relação ao mês anterior, embora as vendas à vista tenham aumentado um pouco, passando de 40% em outubro para 45% em novembro.

"A tendência mesmo é manter as compras a prazo. Mesmo variando um pouco ao longo dos meses, o parcelamento é a opção da maioria dos belo-horizontinos", afirmou. Ainda segundo o economista, a preferência pelo cartão de crédito ocorre tanto pelos consumidores como também por parte dos empresários, de maneira a evitar a inadimplência. Segundo a pesquisa, o uso do cartão é estimulado pelos atributos de premiação que oferece, como milhagens, bônus de compras e serviços.

Parcelamento - O cartão de crédito é também o preferido dos consumidores também como instrumento de parcelamento das compras, com mais freqüência para pagamento de três até dez vezes, com participação de 82,7% no total de número de registros. As maiores concentrações estão no parcelamento de três vezes (19,7%) e seis vezes (24,2%).

No mercado de consumo de bens e serviços predomina a percepção de que o parcelamento suaviza o peso do preço na renda das pessoas, atuando como atributo valor do produto comercializado, otimizando a relação custo-benefício.

Entre os empresários, o percentual dos que aceitam o cartão nas lojas aumentou em relação à sondagem anterior (96,4% em novembro, contra 91,3% em outubro). Na opinião dos lojistas, o fato de não trabalhar com cartões limita o fluxo de negócios da empresa, comprometendo a imagem do estabelecimento junto aos consumidores/clientes.



Veículo: Diário do Comércio - MG


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