Produtos orgânicos e veganos caem no gosto dos empresários brasileiros

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Com a possibilidade de crescer na casa dos 20% ao ano, um grande número de investidores têm se lançado nesse mercado, que em menos de uma década pode se tornar importante no País

 



A busca do brasileiro por uma vida mais saudável tem ajudado a fomentar os negócios no segmento de orgânicos e veganos pelo País. Estima-se que essa categoria movimente R$ 2 bilhões só neste ano, equivalente a uma alta de 20% a 30% no período.

Atualmente, as feiras-livres e os supermercados são os maiores canais de distribuição dessa categoria, com participação de 70% segundo dados da Organics Brasil. Mas, aos poucos, novas iniciativas têm impulsionado mercado. "Em meados de 2010, o empresário Alexandre Icaza, que era adepto da alimentação orgânica, identificou uma lacuna no setor e resolveu investir em uma operação on-line, criando a Organomix", explicou ao DCI o diretor de marketing da empresa, Leandro Dupin.

Em 2012 o projeto saiu do papel e ganhou adeptos no Rio de Janeiro, estado sede de marca, e agora passa a atender o mercado paulista.

Expansão

"Após a experiência no Rio, expandimos as venda para São Paulo", explicou Dupin. Por meio de um processo de amadurecimento logístico, a marca pode passar a vender em Minas Gerais e no Rio Grande do Sul. "Temos procura do País todo, mas como trabalhamos com categoria de perecíveis a logística tem de ser mais efetiva", disse. Para o especialista, a maior dificuldade está em encontrar fornecedores. "Temos 200 parceiros distintos e, para atingir esse número, tivemos que batalhar muito em conjunto com o produtor nacional", diz.

A meta da empresa agora é crescer em 50% a cadeia fornecedora da marca pertencente a i5 Empresas e vislumbrar novos estados em breve. "Nossa meta é ter 45 mil entregas em 2015 ante as 25 mil deste ano", analisou o executivo.

Cosméticos

Globalmente, a venda produtos de beleza orgânicos e veganos cresce na casa dos 20% anual. No Brasil, o que impede a pulverização dessa categoria é a Lei 10.831/03, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), que regula e certifica os fornecedores, e não incluiu os artigos de higiene e beleza. Por isso, eles ainda enfrentam dificuldade para chegar ao varejo. "No Brasil esse setor ainda é embrionário. Se levado a sério, ele pode crescer de 20% a 25% ao ano", argumentou o diretor de marketing da Schraiber, indústria de cosméticos veganos, Paulo Egedy.

A marca está presente em mais de 6 mil pontos de venda e, segundo Egedy, muitos são mais eficazes que os itens produzidos de forma sintética. "Os componentes naturais são mais eficazes que os produzidos em laboratório", disse ele.

Mais que um negócio em expansão no País, o veganismo é filosofia de vida para o executivo. "A possibilidade de não degradar a natureza, não sacrificar animais e ser mais saudável faz parte do nosso modelo de negócio", disse Egedy ao DCI.

Cruelty free

Estar sempre impecável sem a necessidade de que alguém se machuque fez com que a Veggiebox fosse criada. O modelo de negócio escolhido foi a de assinatura mensal com marcas como a Surya Brasil, Feito Brasil, EcoTools e Arte dos Aromas. Fornecedores internacionais podem vir a ser parceiros também. O consumidor recebe de quatro a sete itens diferentes mensalmente e o critério de escolha das marcas e dos produtos é ser veganos ou orgânicos.




Veículo: DCI


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