Marcas veem melhora no ritmo de vendas

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Após apresentar em outubro uma melhora no ritmo de vendas em relação a setembro, as companhias abertas que atuam no segmento de calçados esperam manter o crescimento neste mês, em parte devido à realização de liquidações na "Black Friday" (em 28 de novembro) e graças também a um movimento - já sentido por algumas companhias -, de antecipação das compras de Natal.

Representantes do setor afirmam que os consumidores já investiram nos últimos anos na aquisição de imóveis e troca de carro. Agora estão agora com o bolso mais apertado e optarão por comprar itens de menor valor agregado, incluindo roupas e calçados.

O Indicador Serasa Experian que mede a atividade do comércio no país mostrou avanço de 0,4% no varejo de tecidos, vestuário, calçados e acessórios em outubro frente a setembro e de 10,8% em relação a outubro do ano passado. No acumulado do ano, o setor cresceu 1,7%.

O presidente da Alpargatas, Márcio Utsch, disse após a divulgação do resultado do terceiro trimestre que as vendas da companhia avançaram 20% em outubro, ente o mesmo mês de 2013. Segundo ele, a companhia tem sinais de que o crescimento no quarto trimestre será melhor que no terceiro, quando a Alpargatas elevou a receita líquida em 4,5% para R$ 903,8 milhões.

O presidente da Arezzo, Alexandre Birman, também viu uma melhora no desempenho de suas linhas de calçados em outubro, nas lojas próprias e redes multimarcas. Sua expectativa é de uma expansão no quarto trimestre igual ou superior à do terceiro trimestre, quando as vendas cresceram 11%, para R$ 296,1 milhões.

A Grendene, que fechou o terceiro trimestre com ganho de 0,5% em receita, para R$ 601,2 milhões, mantém as previsões de crescimento para o período de 2008 a 2015 de 8% a 12% em receita.

Francisco Schmitt, diretor financeiro e de relações com investidores da Grendene, observou que os custos de matérias-primas - principalmente itens importados, como a borracha - tiveram aumento significativo e tem sido difícil repassá-los ao consumidor. "Ajustamos nossas linhas para controlar os resultados, mas se a economia piorar pode ficar mais difícil atingir as metas", disse.

A piora no nível de endividamento das famílias, a inflação alta e o aumento das importações deve fazer com que o setor de calçados termine dezembro com crescimento zero, segundo a Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados). A entidade projeta para números iguais aos de 2013, quando o segmento vendeu 800 milhões de pares de sapatos e faturou R$ 26,8 bilhões.



Veículo: Valor Econômico


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