Abinee estima queda real de 4% em 2014, revertendo projeção

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THAIS CARRANÇA



A Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee) projeta uma queda real, descontada a inflação, de 4% no faturamento do setor este ano, em relação a 2013. A previsão reverte expectativa de um crescimento real entre 3,5% e 4% em 2014, feita pela entidade em abril. A Abinee cancelou coletiva para comentar os números, que seria realizada ontem, devido à morte do candidato à Presidência Eduardo Campos.

A indústria elétrica e eletrônica espera fechar o ano com faturamento de US$ 161 bilhões, num avanço nominal de 3% ante os US$ 156 bilhões de 2013. A previsão em abril era de crescimento nominal de 7%. O destaque positivo, pela atual projeção, ficará por conta do segmento de utilidades domésticas, com alta nominal de 18%.

Já os produtos de informática devem puxar o resultado para baixo, com um recuo nominal de 6% em 2014. Também o segmento de equipamentos para geração, transmissão e distribuição (GTD) de energia aponta um resultado negativo de 1% no ano, em meio à crise do setor elétrico que vem comprometendo investimentos das distribuidoras, segundo a Abinee.

De janeiro a junho, o faturamento do setor sofreu uma queda real de 4%. Na base nominal, houve avanço de 3% no acumulado do ano. No entanto, os resultados trimestrais mostram uma deterioração do desempenho: houve avanço nominal de 6% de janeiro a março, mas estabilidade no segundo trimestre.

As exportações recuaram 5% no semestre, para R$ 3,2 bilhões. Ao mesmo tempo, as compras brasileiras de equipamentos elétricos e eletrônicos no exterior caíram 1%, a US$ 20,8 bilhões. Com isso, o déficit na balança comercial do setor encolheu 0,8%, a US$ 17,5 bilhões.

A Abinee espera que o setor mantenha a queda de 5% nas exportações ao fim de 2014, para US$ 7 bilhões. Já as importações devem avançar 1%, para US$ 43,9 bilhões, causando alta de 2% no saldo negativo da balança, para US$ 36,9 bilhões. A entidade espera avanço de 1% no emprego, para 179 mil vagas.

O presidente da Abinee, Humberto Barbato, cancelou evento em que comentaria as projeções, lamentando a morte de Campos, a quem chamou de "nosso candidato". "Ficamos muito impressionados com as respostas dele em sabatina promovida pela CNI [Confederação Nacional da Indústria] em julho", comentou Barbato.


Veículo: DCI


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