'Boom' do mercado infantil acelera negócio segmentado

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Foi-se o tempo em que a criança ficava na brinquedoteca e a mãe escolhia tudo. Hoje, a decisão da compra é quase dividida com o filho, cada vez mais exigente apesar de nem ter conta corrente. Desta maneira, o apelo das lojas tem sido em agradar o público infantil, acredita a empresária Fernanda Menezes, diretora comercial da Ópera - Feira Internacional de Moda e Decoração Infantil. O evento terá cerca de 150 expositores e prevê movimentar R$ 200 milhões em negócios, frente aos R$ 140 milhões girados na edição anterior. Em sua 19ª edição, a feira acontecerá de 24 a 27 de maio, no Pavilhão da Bienal, em São Paulo.

"É possível dizer que o mercado está se adaptando à independência das crianças. Antes, como organizadora de feira, eu ouvia muito lojistas preocupados com a grade da feira, em como oferecer algo para o expositor. Agora, eu sempre ouço deles que o importante é a empresa estar adaptada para atender melhor as crianças que entram na loja, pois são elas que definirão o que será adquirido", disse Fernanda.

Para ela, o evento tem um papel importante nesse sentido, já que dita tendências para o comércio varejista segmentado. "Agora, a tendência é brincar com a moda entre pais e filhos. Também teremos marcas que vão lançar propostas de moda em que a filha vai querer vestir a boneca como ela gosta de se vestir", comentou Fernanda. Segundo ela, antes era também difícil atrair empresas voltadas a roupas para meninos, mas hoje há um leque interessante, com grifes modernas, com o estilo de roupas na esfera do rock and roll. "É um estilo bem diferenciado para meninos mais descolados. Há campanhas que propõem sair do perfil engomadinho, com ações em redes sociais com hashtags que indicam esse conceito inovador".

A feira também terá a marca que trabalha na linha de moda praia, a UV Line, com investimentos em proteção solar, ao usar uma lycra com essa tecnologia, lembrou a executiva.

No caso da UV Line, a empresa tem 19 lojas, sendo 10 franquias e o restante formado por lojas próprias. Há plano de expansão em que a empresa prevê abrir mais cinco unidades no médio prazo, além de crescer 50%.

Outros expositores da feira serão a empresa VR Kids, com 25 unidades, das quais 12 franquias. Assim como a Lacoste, que conta com 84 lojas, das quais apenas quatro próprias e o restante no franchising, a VR Kids também deverá apresentar produtos diferenciados no evento, no que envolve lançamentos de coleções de moda primavera-verão.

"Tenho um mailing com cerca de oito mil empresas. Somos visitados por cerca de quatro mil lojas de enfoque multimarca e conceito de butique. A feira tem crescido junto à demanda. Antes organizávamos o evento em um andar de um hotel. Depois chegamos a fechar um prédio inteiro, o Blue Tree. O espaço depois começou a ficar pequeno e a logística para os expositores também ficou mais complexa. A partir disso fomos para um pavilhão de exposições", contou a executiva da Ópera, ao explicar que a feira é semestral. A edição outono-inverno será realizada em novembro.

Brinquedos


No setor de brinquedos, a importadora Girotondo, que está há 21 anos no mercado, acredita que mesmo com o cenário de desaceleração econômica, o segmento infantil deva sofrer menos que as demais áreas porque mexe com a emoção do consumidor. Com a previsão de crescer 10% em vendas este ano, a sócia-diretora da Girotondo, Maria Fernanda Izzo Arbex, acredita que é preciso estratégias para driblar a crise, pois as lojas não estão estocando muito tanto os itens importados, como os nacionais. "O diferencial é que oferecemos um mix de produtos com giro rápido e preço atrativo. Há marcas como a Girotondo Baby, de alimentação, proteção e segurança, com 40 itens".



Veículo: DCI


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