Batata e banana encarecem a cesta básica

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Os preços dos alimentos continuam subindo em Rio Preto. Pelo quarto mês consecutivo, a cesta básica da cidade fechou em alta. No mês de abril, a variação foi de 3,29% em relação ao mês anterior, março, quando fechou com alta recorde de 11,83%. Com a elevação, o preço médio da cesta básica em Rio Preto ficou em R$ 963,70, superando o teto atingido há um ano, quando chegou a R$ 944. Os números são da pesquisa mensal da Cesta Básica feita pela Faculdades Integradas Dom Pedro 2º. De acordo com o levantamento, 11 dos 15 alimentos pesquisados fecharam o mês de abril em alta. A batata foi o principal aumento, com variação de 26,09% em relação a março, seguida pela banana, que subiu 10,59%, e o leite, 8,22%.

"As causas continuam as mesmas, continuamos com um clima pouco favorável para diversas culturas, o dólar estabilizou, mas continua em um patamar alto, e as pessoas continuam com uma boa renda, o que garante o consumo", explica o economista Hipólito Martins Filho, um dos responsáveis pela pesquisa. Segundo o economista, o mercado passa por um choque de oferta devido à demanda aquecida e a falta de produtos. "As pessoas continuam consumindo e a produção não seguiu o mesmo ritmo. Não temos estoque para suportar", diz.

Entre os alimentos restantes da lista, três apresentaram queda durante abril - laranja (-15,29%), tomate (-8,92%) e frango (-0,88%) - e um permaneceu estável (óleo), já que não apresentou variação durante o período analisado. Para os próximos meses, as expectativas não são boas. De acordo com Martins Filho, os fatores que estão influenciando estas altas não vão mudar por pelo menos mais três meses. Além disso, questões econômicas e políticas devem influenciar diretamente em mais altas. "Não há uma boa perspectiva de mudança no clima e ainda teremos o aumento na energia elétrica, que não será baixo e que os supermercadistas provavelmente repassarão ao consumidor antes mesmo de chegar até eles", afirma. Nos últimos 12 meses, a cesta básica possui uma variação positiva de 3,63% no acumulado.

Inflação


As altas constantes dos alimentos pesam diretamente na inflação rio-pretense e as decisões tomadas pelo governo para tentar controlar a situação não são as melhores, afirma Martins Filho. "Com o aumento pretendido para o salário mínimo, ao invés de ajudar no controle da inflação, o governo está dando ainda mais munição para o aumento no consumo. Não que o salário não deva subir, mas deveriam pensar também na produção. O ideal seria investir para a criação de um estoque que pudesse evitar a falta de produtos", diz.

Variação apresenta queda


Apesar da alta registrada em abril, a variação entre a cesta básica mais cara e a mais barata apresentou queda, passando de 53,4% para 47,3%. Esta mudança está diretamente ligada ao aumento nos preços dos produtos, afirma a professora de matemática estatística Patrícia de Souza Correia Menandro, também responsável pela pesquisa. "Os menores preços dos produtos pesquisados tiveram altas maiores que os mais caros durante o mês de abril. Sendo assim, a diferença de preços ficou menor". A cesta básica mais barata em abril foi encontrada a R$ 800,12. A mais cara saía a R$ 1.178,29.



Veículo: Diário Web


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