Índice de Confiança do Consumidor é o pior desde julho de 2009

Leia em 1min 40s

A deterioração da situação fiscal, o risco do rebaixamento do rating de classificação de risco do Brasil e a maior preocupação com o mercado de trabalho (apesar de a taxa de desemprego ainda ser baixa) contribuíram para derrubar a confiança dos consumidores. Em janeiro, o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) recuou 2,1%, para 108,9 pontos - o pior desde julho de 2009 (108,7 pontos). " um retrocesso grande", avalia a economista da Fundação Getulio Vargas (FGV) Viviane Seda, coordenadora da sondagem.

Além disso, a persistência do pessimismo com a situação corrente ao longo de 2013 contagiou as expectativas neste início de 2014. "A insatisfação com a economia se transferiu para expectativas. Lenta recuperação econômica, investimentos que não saem, tudo isso gera menos otimismo e cautela em relação a compras", explica Viviane.

"Está se aprofundando essa piora nas expectativas sobre a economia pela persistência de um cenário econômico conturbado, cheio de incertezas, de uma recuperação esperada e que não aconteceu. Isso faz com que os consumidores tenham uma expectativa pior", acrescenta.

A economista ressalta, contudo, que os consumidores ainda não embutiram em suas expectativas o cenário eleitoral. "As eleições ainda estão longe para gerar algum tipo de influência. Acredito que a incerteza virá, mas em relação ao que pode vir depois da eleição."


Situação financeira - Apesar de uma visão menos confiante em relação ao cenário macroeconômico atual e futuro, mais consumidores passaram a acreditar que a situação financeira das famílias vai melhorar nos próximos seis meses. Os otimistas quanto ao futuro passaram a ser 37,2% do total, contra 36,8% em dezembro.

Mas a tendência negativa dos indicadores que medem a confiança dos consumidores nesse quesito não permite concluir se a melhora se sustentará, adverte Viviane. " cedo para dizer, devido à cautela nas compras e à dificuldade de recuperação da economia."

No contexto atual, a percepção sobre as finanças pessoais continua preocupando. "Há uma deterioração, principalmente entre as famílias que têm menor poder aquisitivo", afirma a economista.



Veículo: Diário do Comércio - MG


Veja também

PepsiCo deve investir US$ 5 bi para expandir no México

A PepsiCo anunciou nesta sexta-feira, 24, que planeja investir US$ 5 bilhões para expandir seus negócios n...

Veja mais
No Brasil, Lego perde margem mas venda cresce 61%

A fabricante de brinquedos de montar Lego, com sede na Dinamarca, aumentou o faturamento em 61% no Brasil em 2013. A met...

Veja mais
Verão e exportação impulsionam em 10% negócios da Itapuã

A Itapuã, fabricante brasileira de calçados, projeta para este ano um crescimento de pelo menos 10% na pro...

Veja mais
Cade aprova com restrições acordo entre Monsanto e Bayer

O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou ontem, com restrições, operaç&at...

Veja mais
Farmacêuticas investirão US$170 mi em plataforma

Empresa de e-commerce vai ajudar a financiar uma plataforma de informações farmacêuticasPequim - A e...

Veja mais
Mercado do país mantém tendência de alta

O mercado nacional de algodão em pluma segue operando em alta. No CIF de São Paulo, a fibra estava cotada ...

Veja mais
Colombiatex defende união para fortalecer indústria têxtil

Problemas como a concorrência chinesa e contrabando têm trazido prejuízos para o setor em todo o mund...

Veja mais
Análises divergem sobre qualidade do trigo

Pesquisadores atestam que 51% do cereal é indicado para panificação, mas, para indústria, es...

Veja mais
Cesta básica do paulistano subiu 0,49% na semana

A cesta básica do paulistano subiu 0,49% entre o dia 17 e 23 de janeiro, para R$ 379,94, segundo pesquisa do Proc...

Veja mais