Para crescer mais, Sakura volta-se para Norte e Nordeste

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Foram quatro anos investindo em ampliação da capacidade produtiva nas fábricas de Ouvidor, em Goiás, e de Boituva, em São Paulo. Agora, a fabricante de alimentos Sakura, mais conhecida como marca de shoyu, o molho de soja, prepara-se para dobrar a produção de molhos líquidos - grupo que inclui os de pimenta, de alho e inglês - e focar as vendas nas regiões Nordeste e Norte para voltar a crescer perto de 17%, taxa média dos últimos cinco anos.

A Sakura faturou R$ 180 milhões em 2012 e deve crescer 11% este ano, para R$ 200 milhões. A empresa percebeu que, para voltar ao ritmo de 17%, precisa ir para locais menos saturados do que Sul e Sudeste, onde suas vendas crescem 10% ao ano. Nas regiões Norte e Nordeste, a taxa é de 20%.

O presidente da Sakura, Renato Kenji Nakaya, diz que a empresa tem 80% do mercado de shoyu no país. "Os concorrentes não crescem na mesma velocidade e não investem o que a gente investe." Ele também é vice-presidente do hospital Santa Cruz, em São Paulo.

Em shoyu, a Sakura concorre com as marcas Yoki, Cepêra e Jimmi. Segundo a Euromonitor, as vendas de molho de soja no Brasil vêm crescendo. Em 2009 somaram US$ 47,9 milhões. Neste ano devem alcançar US$ 75,1 milhões, 8,7% a mais do que em 2012. Em molho para salada, os concorrentes são Unilever e Cargill.

O portfólio da Sakura tem 300 itens, de seis categorias - molhos líquidos e pastosos, sopa, cobertura de sorvete, conserva vegetal e tempero. Além da que leva o nome da empresa, a Sakura tem as marcas Missô, Kenko, Bravo, Aji no Shoyu, Cereja, de alimentos, e Taiki, de bebidas. Tem quatro fábricas, sendo três em São Paulo e uma em Goiás.

Roberto Ohara, vice-presidente da Sakura, diz que a empresa investe entre 4% e 7% do faturamento em pesquisa e desenvolvimento a cada ano.

O principal canal de negócio é o varejo (responde por 70% das vendas), seguido pelo food service (20%), ingredientes para outras indústrias (8%), e exportação (2%). A Sakura fabrica molhos para marcas próprias de Walmart, Carrefour e Grupo Pão de Açúcar, e produtos específicos para Sadia, Bob's e China in Box. A empresa tem parceria com a Embrapa para produzir pimentas usadas nos molhos.

A linha de molhos líquidos é prioridade para a empresa e inclui shoyu, molho inglês, de pimenta e de alho. Este grupo de produtos concentrou os investimentos na ampliação da produção, em Goiás e em São Paulo: dos atuais 40 milhões de frascos produzidos ao ano, a Sakura planeja aumentar para 84 milhões de frascos anuais, dentro de dois anos.

Há três semanas a Sakura inaugurou a ampliação da fábrica em Goiás. Até então, ela produzia 15% do volume total. Com a ampliação, pode chegar a 50%. Maquinário, estrutura fabril e construção de um centro de distribuição, entre outras mudanças, receberam R$ 20 milhões, metade em recursos próprios. O restante foi financiado pelo Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste (FCO). A Sakura também investiu R$ 5 milhões na fábrica de Boituva (SP), onde são fermentados ingredientes para shoyu. Instalou equipamentos para processar missô (sopa japonesa), massa de soja e arroz. O plano de expansão de R$ 25 milhões foi informado pelo Valor em 2009.



Veículo: Valor Econômico


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