Despesas financeiras afetam lucro da Aliansce

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A Aliansce Shopping Centers registrou uma queda de 21,3% no lucro líquido atribuído aos controladores no terceiro trimestre, para R$ 16,5 milhões de julho a setembro, segundo demonstração de resultados consolidada publicada ontem. O lucro líquido da empresa caiu 8,4% no intervalo, para R$ 21,3 milhões.

Efeitos não caixa, relacionados com o aumento de despesas financeiras, afetaram o resultado. Ao se descontar esse efeito dos números, o lucro líquido ajustado sobe 11,2%. Foi feito o reconhecimento de despesas com juros de financiamento, mas como o contrato tem carência para pagamento, o efeito é contábil, disse Henrique Cordeiro Guerra, diretor executivo e de relações com investidores. A maior parte desse financiamento foi utilizado na aquisição de seis shoppings em maio do ano passado.

"Ainda é preciso entrar nesse cálculo o fato de termos registrado, no terceiro trimestre de 2012, recursos que entraram com a venda de um ativo e também com o reconhecimento de ganhos que tivemos na compra de um shopping", disse ele. "Com isso a base de comparação do ano passado é alta".

Segundo dados consolidados, a receita líquida subiu 25,9% para R$ 109,6 milhões. Os aluguéis para o critério de mesmos shoppings (que existiam no ano passado) cresceram 12,8% no terceiro trimestre. Os aluguéis nas mesmas lojas (em operação há mais de 12 meses) aumentaram 11,3% no trimestre.

Para o critério de vendas "mesmas lojas", na Aliansce esse indicador registrou alta de 10,1% no período. Nas concorrentes BRMalls e na Iguatemi ficou em 8,1% e na Multiplan, teve 8,4% de expansão no período.

A taxa de ocupação do portfólio da Aliansce, de 97,3% no terceiro trimestre, apresentou queda de um ponto percentual sobre o ano anterior, reflexo das aberturas de empreendimentos que puxam esse indicador para baixo. A companhia inaugurou na semana passada o Parque Shopping Maceió e ainda neste mês abrirá o Shopping Parangaba, em Fortaleza. Na BRMalls, a taxa foi de 97,6%, na Multiplan, de 98,1% e na Iguatemi, de 96,7%.

Segundo Guerra, a companhia considera hoje a hipótese de se desfazer de empreendimentos para focar os investimentos em ativos mais estratégicos para o grupo. "Não descartamos a venda de ativos", disse, após a divulgação do balanço do terceiro trimestre. O executivo não detalhou que negócios poderiam estar à venda futuramente.



Veículo: Valor Econômico


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