Panasonic inaugura unidade de Extrema

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Planta foi construída especialmente para a fabricação de refrigeradores e máquinas de lavar.

 

A partir do próximo mês já estarão disponíveis no mercado os primeiros refrigeradores da Panasonic produzidos na nova fábrica da companhia erguida em Extrema, no Sul de Minas Gerais. Inaugurada ontem, trata-se da terceira unidade do grupo japonês no Brasil e a primeira de linha branca na América Latina, construída especialmente para a fabricação de refrigeradores e máquinas de lavar, mediante inversões de R$ 200 milhões.

 

Os recursos, provenientes do próprio caixa da empresa, foram aplicados nas obras civis do empreendimento e na aquisição de máquinas e equipamentos que irão permitir a fabricação de 30 mil itens até o final deste ano. Mas o diretor Industrial da unidade, João Daniel, explica que esse volume vai aumentar já no início do ano que vem, culminando com 130 mil unidades fabricadas ao longo de 2013. Segundo ele, em virtude das adaptações, é natural que o ritmo de produção seja um pouco lento no início da operação industrial.

 

"Demos início aos trabalhos em um turno, ritmo que deve ser mantido no decorrer do próximo exercício, mas já em 2014 passaremos para dois horários de trabalho. A meta é chegarmos aos 500 mil refrigeradores e 300 mil máquinas de lavar anuais fabricados na unidade já em 2015", diz.  neste mesmo ano que a empresa pretende concluir o retorno financeiro do investimento realizado na cidade mineira.

 

O presidente da Panasonic do Brasil, Hirotaka Murakami, por sua vez, destaca que a nova fábrica representa mais um esforço da companhia para a ampliar seu market share no mercado nacional. "Nossa intenção é consolidar não só os produtos de linha branca da marca, como também todos os componentes eletroeletrônicos", afirma.

 

Conforme ele, desde o início deste mês já começaram a ser produzidas as primeiras unidades de refrigeradores na nova unidade. No próximo ano serão incorporados outros modelos do produto e também as primeiras remessas de máquinas de lavar. "Assim, esperamos ao final de 2013 termos aumentado em 590% o volume de vendas dos refrigeradores e 550% o de máquinas de lavar em relação a este exercício", aposta Murakami.

 

Atualmente a empresa já fabrica fornos de micro-ondas, câmeras fotográficas e TVs em Manaus (AM) e pilhas e baterias em São José dos Campos (SP). Além disso, comercializa uma gama de produtos importados, como câmeras, filmadoras, equipamentos de áudio e vídeo, telefonia, sistema de segurança.

 

A nova fábrica da subsidiária do grupo Panasonic Corporation foi erguida em um terreno de 170 mil metros quadrados e conta com aproximadamente 47 mil metros quadrados de área construída. Ao todo serão gerados 400 empregos, dos quais 60% serão ocupados por trabalhadores locais e o restante (40%), por moradores de cidades mineiras e paulistas localizadas nas proximidades de Extrema.

 

De acordo com João Daniel, a escolha do município mineiro para receber a nova fábrica foi estratégica, principalmente em virtude de sua localização, fundamental para a distribuição dos produtos nas regiões Sul e Sudeste do país. "A cidade está a 110 quilômetros de São Paulo, a 100 km de Campinas, a 40 km de Atibaia e na direção de Belo Horizonte. Essas características são fundamentais no que diz respeito ao escoamento de produção. Extrema está numa posição logisticamente privilegiada", ressalta.

 

A confirmação do município como destino da nova unidade da Panasonic ocorreu em fevereiro de 2011, após mais de um ano de negociações e especulações. Na época, antes de o governo do Estado oficializar o anúncio do investimento, o DIÁRIO DO COMÉRCIO antecipou com exclusividade a escolha por Extrema. A disputa pela atração da multinacional teve início em 2010 e além da cidade outros municípios de Minas Gerais, de São Paulo e do Rio de Janeiro estavam no páreo.

 

Segundo o gerente de produtos de linha branca da Panasonic do Brasil, Sergei Eprof, com o início da fabricação de refrigeradores em Extrema, a companhia entrará no mercado nacional deste eletrodoméstico paulatinamente até atingir 40% de participação. "Ao todo, serão quatro modelos de refrigeradores a serem fabricados na unidade", afirma. O primeiro produto a ser produzido é o refrigerador NR-BB51P, que tem capacidade de 423 litros e permite reduzir em cerca de 33% o consumo de energia.

 


Veículo: Diário do Comércio - MG


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