Produção em Minas dá sinais de recuperação

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Safra atual estimada apresenta queda menos acentuada e deve alcançar cerca de 55 mil toneladas toneladas.

 

A cadeia de produção da indústria têxtil em Minas Gerais responde atualmente por 200 mil empregos e as perspectivas do setor são positivas, informou o Sindicato das Indústrias de Fiação e Tecelagem no Estado de Minas Gerais (Sift-MG). Segundo o assessor da entidade, Ciro Machado, o cenário atual é de harmonia e equilíbrio nas relações com o segmento primário da cadeia como conseqüência das ações do Programa Mineiro de Incentivo à Cultura do Algodão (Proalminas), criado pela Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais.

 

"Caso não existisse o Proalminas, o Estado não teria mais indústria têxtil", afirmou o assessor. Ele explicou que, antes da criação do programa, houve uma grande migração de empresas mineiras principalmente para o Nordeste do Brasil, por causa das vantagens fiscais oferecidas por outros Estados.

 

Atualmente, as indústrias existentes em Minas podem trabalhar ajustadas ao cenário da produção de algodão. Machado acrescentou que o equilíbrio registrado no quadro de empregos na cadeia do algodão também é conseqüência da estabilidade gerada pelo Proalminas.

 

O principal suporte do setor é o benefício concedido pelo governo às empresas mediante o programa e que consiste na isenção de 41,66% do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Servços (ICMS) incidente sobre os produtos industrializados a partir do algodão. A desoneração tributária é concedida às empresas que possuem o Certificado de Participação do Proalminas, emitido anualmente pela Secretaria da Agricultura.

 

Já o agricultor tem a garantia de uma remuneração de até 9% além do preço de mercado na aquisição pelas indústrias do algodão mineiro. De acordo com Machado, "o possibilitar esses benefícios ao produtor e à indústria, o Proalminas se tornou fundamental para os segmentos que compõem a cadeia do algodão no Estado".

 

A safra mineira de algodão, estimada para este ano, é da ordem de 55 mil toneladas, na comparação com um volume da ordem de 56 mil toneladas na safra anterior, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O índice de retração de cerca de 0,82% é o menos acentuado dos últimos seis anos, segundo análise da Superintendência de Política e Economia Agrícola (Spea) da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais. A maior parte da produção mineira está na região Noroeste.

 

De acordo com o superintendente João Ricardo Albanez, a redução da safra de algodão, no Estado, começou em 2005, quando a produção era da ordem de 153 mil. "Os números são um reflexo da menor demanda de algodão no mercado internacional, bem como dos elevados estoques no Brasil e no exterior", explicou. A expectativa, no Brasil, é de uma produção de 1,27 milhão de toneladas de algodão em pluma, sendo o consumo interno de 950 mil toneladas de pluma. Há também contratos de exportação de 350 a 400 mil toneladas, evidenciando que nesta safra a oferta para o mercado interno será apertada, acrescentou Albanez.

 


Veículo: Diário do Comércio - MG


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