Rede Tok & Stok retoma planos de expansão

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Grupo pretende abrir mais 12 lojas no País até 2012

 

Depois de adiar seus investimentos em 2009 por causa da crise econômica, a rede de lojas de móveis Tok & Stok vai retomar seu plano de expansão em 2010. A empresa obteve um financiamento de R$ 59 milhões do BNDES para compor um programa de investimentos que prevê a abertura de pelo menos 12 lojas até 2012. E começa a planejar uma futura abertura de capital.

 

Pelo menos metade dos 27 pontos de vendas da rede no País será reformada. O principal objetivo da expansão será aumentar a presença nas capitais. Atualmente, a Tok & Stok está em dez delas. Em março, abre a segunda loja em Brasília e, ainda no primeiro semestre, a primeira em Florianópolis. O gerente de Expansão e Novos Negócios, Paul Dubrule, herdeiro da empresa fundada por seus pais em 1978, conta que o primeiro alvo dos investimentos é a megaloja de 5 mil m² do bairro Pinheiros, em São Paulo.

 

O bom desempenho do mercado interno na crise e as previsões otimistas para a economia trarão uma boa oportunidade para o varejo se houver crescimento acima de 4% nos próximos anos, acredita Dubrule. A meta da rede é aproveitar a onda para alcançar o ritmo de abertura de 4 a 5 lojas por ano e ganhar musculatura para abrir capital. "Temos uma empresa hoje organizada, formal em todos os aspectos de governança. Estaríamos prontos hoje para uma abertura de capital. Talvez ainda não tenhamos tamanho, mas com certeza esse é um objetivo de médio e longo prazo", afirmou.

 

A loja de Pinheiros dobrará de tamanho em 2010. O projeto de R$ 10 milhões estava previsto para o início deste ano, mas a crise assustou. O único projeto que não foi adiado foi a nova loja de Curitiba, de 6 mil m², que já estava adiantada. Consumiu R$ 15 milhões e forçou o pé no freio da empresa, que tinha aberto duas lojas em 2008.

 

"Postergamos uma série de projetos. Poderíamos ter aberto três lojas este ano, mas preferimos esperar. No final, o varejo não foi tão afetado e não tivemos queda no faturamento", diz Dubrule, que espera fechar 2009 com receita de R$ 700 milhões, patamar bem próximo ao de 2008, segundo ele.

 

Para o executivo, a redução do IPI para produtos de linha branca prejudicou a venda de móveis, já que os consumidores adiaram a troca do mobiliário para aproveitar promoções de eletrodomésticos. Com a extensão da isenção para a indústria moveleira no mês passado, diz, aumenta o potencial do setor em 2010. "O cliente antecipa decisões de compra por oportunidade."

 

Dubrule conta que o mix variado das lojas foi o que garantiu a manutenção do faturamento. Dos mais de 10 mil itens do portfólio, metade é de acessórios, louças e objetos de decoração das seções de autoatendimento. "As pessoas optaram por fazer mudanças em casa com objetos mais baratos, e isso compensou a queda nas vendas dos itens mais caros", afirmou.

 

A Tok & Stok também deve investir mais no modelo "compacto" que adotou no shopping Market Place, em São Paulo. É uma loja de até 600 m², focada em acessórios. A segunda desse modelo abre em Porto Alegre no início de 2010.

 

Veículo: O Estado de S.Paulo


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