Startup ajuda pequenas lojas na venda a prazo

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A Meu Crediário, inaugurada em março de 2016, oferece um sistema que automatiza a análise e a cobrança das parcelas do crediário. Já são 70 varejistas atendidas e a meta é fechar 2017 com 300

 



São Paulo - Para auxiliar pequenas varejistas no processo de gestão da venda a prazo, aspecto que se tornou mais importante com a crise, a startup Meu Crediário desenvolveu um sistema que automatiza a análise do risco e a cobrança de parcelas.

Inaugurada em março do ano passado e com 70 clientes na base, a empresa espera para este ano chegar a mais de 300 lojistas e a um faturamento mensal médio de R$ 70 mil. "É nítido que com a recessão o pequeno e médio lojista têm buscado mais por ferramentas para melhorar a concessão de crédito. Mais do que nunca ele precisa saber para quem fazer a venda a prazo e como realizá-la", afirma o sócio-fundador da companhia, Jeison Isair Schneider. De acordo com ele, foi justamente essa necessidade um dos principais aspectos que influiu na decisão de criar o sistema.

Outro fator que contribuiu, segundo ele, foi a percepção de que muitos pequenos lojistas não eram atendidos pelas administradoras de crediário existentes no mercado. "Muitas lojas não eram contempladas por conta de regras comerciais. Porque eram muito pequenas e não atendiam os requisitos mínimos. Vimos que tinha um nicho interessante para entrarmos", afirma.

Atualmente, a startup atende 70 lojistas espalhados por 20 estados do Brasil. De acordo com Schneider, o foco principal da companhia é o segmento que ele chama de 'ramo mole' (lojas de calçado, confecção e cama mesa e banho).

 

 

Como funciona?
O funcionamento da ferramenta é simples: o lojista cadastra os dados do cliente no momento da compra e a partir daí o sistema tem acesso as informações básicas daquele consumidor, concedidas pelos órgãos de proteção ao crédito (Serasa e SPC) e por uma base colaborativa da própria empresa. Depois disso o vendedor informa o valor da compra e o sistema calcula o risco da operação, sugerindo em até quantas vezes a venda deve ser feito ou até mesmo se a concessão do crédito deve ser negada.

Além disso, explica Schneider, o sistema automatiza também a cobrança dos consumidores que não estão em dia com o pagamento das parcelas. "Fazemos três ações por cada parcela: se o cliente não ficar em dia primeiro nosso sistema aciona automaticamente por SMS aquele consumidor; depois de cinco dias de atraso entramos em contato novamente; e por fim, após 30 dias sem o pagamento o sistema faz o encaminhamento do nome para os órgãos de controle", explica o executivo.

A empresa, que surgiu com o objetivo de atender apenas pequenas e médias varejistas (com tíquete médio entre R$ 200 e R$ 600), conta que grandes redes têm mostrado interesse na ferramenta, e que a negociação com essas varejistas está em curso. Sem querer citar o nome das companhias, Schneider diz que são redes do Rio Grande do Sul e do segmento de moda e calçados.

Vendida como serviço, a assinatura custa em média R$ 29,90 por mês. Há ainda a cobrança de cerca de R$ 1,99 por cada análise de risco realizada. "As lojas têm feito em média 6 mil análises por mês, e, desde o lançamento da plataforma já realizamos aproximadamente 60 mil análises de crédito no total", finaliza Schneider.

Pedro Arbex

Fonte: DCI - São Paulo


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