Agronegócio volta a investir para produzir safra recorde

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Fortalecidos por preços mais elevados das commodities e pelo câmbio favorável às exportações em boa parte do ano, produtores rurais retomaram no ano passado os investimentos em busca de aumento da safra e ganhos de eficiência. Em 2015, o setor agrícola havia cortado aportes mesmo em insumos básicos, mas nos últimos meses, apesar da queda do Produto Interno Bruto e da quebra das colheitas de grãos e de café conilon, a situação mudou. São vários os indicadores dessa retomada, que ajuda a confirmar as projeções de uma excelente colheita. O país se prepara para colher uma safra recorde de mais de 210 milhões de toneladas de grãos em 2016/17, quase 15% superior ao volume registrado em 2015/16.


Está havendo, por exemplo, maior liberação de recursos para investimentos no setor. Segundo o Banco Central, foram R$ 13,9 bilhões entre 1º julho, quando entrou em vigor o Plano Safra 2016/17, até o fim de novembro, 5,3% mais que no mesmo período do ciclo anterior. O aumento foi puxado pela tomada de recursos do Moderfrota, linha destinada à aquisição de máquinas agrícolas.


Outro movimento significativo foi a expansão na venda de tratadores e colheitadeiras, que aumentou quase 20% entre julho e novembro em relação ao mesmo período de 2015, segundo a Anfavea. A entidade prevê que a recuperação terá prosseguimento neste início de 2017, sobretudo na área de colheitadeiras. Também cresceram as vendas de fertilizantes, que chegaram a 31,4 milhões de toneladas nos 11 primeiros meses de 2016, 11,4% mais que no mesmo período de 2015, segundo a Associação Nacional para Difusão de Adubos (Anda).

 

A retomada dos investimentos ainda ocorre de forma desigual, conforme o segmento. Até porque houve também setores em que se constatou aumento no endividamento, redução nas margens de lucro e pedidos de recuperação judicial de agroindústrias. Embora concentrados em seus alicerces, os gastos setoriais até surpreenderam por terem conseguido estimular inovações.

 



Por Fernando Lopes



Fonte: Valor Econômico

 

 


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