O Índice Geral de Preços - 10 (IGP-10) avançou 0,52% em maio, após subir 1,27% em abril, informou na sexta-feira, a Fundação Getulio Vargas (FGV). O resultado ficou no piso das projeções do mercado financeiro, que estimava avanço entre 0,52% e 0,92%
A FGV divulgou ainda os resultados dos três indicadores que compõem o IGP-10. O IPA-10, que representa o atacado, subiu 0 53% neste mês, após avançar 1,45% em abril. O IPC-10, que apura a evolução de preços no varejo, cresceu 0,57% em maio, em comparação com alta de 1,01% no mês anterior. Já o INCC-10, que mensura o impacto de preços na construção, apresentou alta de 0 37%, contra avanço de 0,69% na mesma base de comparação.
Com o resultado anunciado hoje, o IGP-10 acumula altas de 3,52% no ano e de 3,86% em 12 meses. O período de coleta de preços para o IGP-10 de maio foi do dia 11 de abril ao dia 10 deste mês. O IGP-DI de abril, que havia captado preços do dia 1º ao dia 30 do mês passado, apresentou alta de 0,92% na leitura mensal.
Os preços dos produtos agropecuários atacadistas, por sua vez, caíram 1,29% em maio, após alta de 2,10% em abril. A instituição informou ainda que os preços dos produtos industriais no atacado registraram alta de 1,25%, ante avanço de 1,20% em abril.
Dentro do Índice de Preços por Atacado segundo Estágios de Processamento (IPA-EP), que permite visualizar a transmissão de preços ao longo da cadeia produtiva, os preços dos bens finais tiveram alta de 0,63% em maio, após aumento de 0,72% no mês anterior. Os preços dos bens intermediários, por sua vez, subiram 1,06% neste mês, em comparação com a alta de 1,51% em abril. Já os preços das matérias-primas brutas registraram redução de 0,27%, ante avanço de 2,31% no mês passado.
A trégua nos aumentos de tarifas de energia elétrica foi o principal fator de desaceleração da inflação varejista em maio. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) subiu 0,57% em maio no âmbito do IGP-10, ante 1,01% observado em abril Além da energia, houve queda de preços na gasolina, e outros quatro grupos pesquisados pela FGV perderam força na passagem do mês.
Depois de avançarem 13,83% em função de uma concentração de reajustes, a tarifa de eletricidade residencial avançou 0,95% em maio, segundo a instituição. A diferença foi o principal motivo para a descompressão do índice de Habitação (que passou de 2,51% para 0,56%).
Já a gasolina ficou 0,76% mais barata, o que impactou o grupo Transportes (0,28% para -0,08%). /Estadão Conteúdo
Veículo: DCI