Homens se queixam de filme da Bombril

Leia em 2min

                                   Todo homem é ‘devagar’, diz o texto da campanha; filme se tornou alvo de queixas no Conar




Queixas de consumidores contra filmes publicitários que reforçam estereótipos e preconceitos vêm sendo alvo de avaliação do Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar). Uma das próximas deliberações do órgão será relativa a um filme da marca de produtos de limpeza Bombril, criado pela agência DPZ&T. A diferença, agora, é que o alvo do preconceito é o público masculino. Outras campanhas da Bombril já foram motivo de reclamações semelhantes de “sexismo” no passado, mas o Conar optou por arquivar os casos.

A campanha em questão é o filme Comparação, estrelado pela cantora Ivete Sangalo, pela apresentadora Mônica Iozzi e pela comediante Dani Calabresa. O filme, que tinha repercussão moderada até agora (no YouTube, contabilizava pouco mais de 75 mil visualizações), foi exibido em TV aberta e em canais a cabo.

Conteúdo. A campanha de 30 segundos se resume a um diálogo entre as três artistas. O trecho que está sendo questionado diz respeito à parte em que Ivete Sangalo diz que “toda mulher é uma diva” e que não dá para compará-las com os homens. Ao que Dani Calabresa responde: “Toda a mulher é uma diva e todo o homem é di-va-gar (devagar).”

A divulgação de que o Conar recebeu queixas foi suficiente para aumentar a audiência do vídeo e para a seção de comentários do YouTube ficar cheia de pessoas fazendo a defesa e queixando-se do comercial. Alguns usuários reclamavam não da brincadeira com os homens, mas ao fato de a propaganda reproduzir o estereótipo de associar a limpeza da casa à mulher.

Em nota divulgada nesta quinta-feira, 13, a Bombril afirmou que a campanha “Toda Brasileira é uma Diva”, composta de vários filmes, foi pensada para reforçar o protagonismo da mulher. “O vídeo Comparação usa uma linguagem bem-humorada para ressaltar o valor da mulher na sociedade brasileira, e não tem a intenção de ofender os homens ao fazer uma brincadeira com a palavra diva.”

O Conar, estabelecido em 1978, é um conselho de autorregulamentação. Não tem o poder de tirar campanhas do ar, mas costuma recomendar alterações no conteúdo de peças publicitárias ou simplesmente desconsiderar as queixas. É praxe no mercado seguir as recomendações do órgão. Recentemente, por exemplo, a Diletto alterou as embalagens de seus sorvetes, retirando uma história fictícia que era contada como real, a pedido do Conar.

 

Veículo: Jornal O Estado de S.Paulo


Veja também

Atividade leiteira teve expansão neste ano

De acordo com o "Relatório PIB Agro MG", divulgado pela Faemg, no segmento primário da pecuária, o ...

Veja mais
Governo propõe dividir parte do lucro do FGTS com trabalhadores

Preocupado com a proposta de Eduardo Cunha, que prevê equiparar a correção das contas do FGTS &agrav...

Veja mais
Cesta básica encarece R$ 6,32 em uma semana

O preço médio da cesta básica no Grande ABC teve alta de 1,28% nesta semana, segundo pesquisa da Cr...

Veja mais
Feiras terão R$ 600 mil em negócios

Ribeirão Preto e Região - A realização da 7ª edição da Expoíntima ...

Veja mais
Unilever abre novo complexo industrial em Pernambuco

                    ...

Veja mais
Safra de cana deve chegar a 655,2 milhões de toneladas

O Brasil deverá colher 655,2 milhões de toneladas de cana-de-açúcar na safra 2015/16.  o q...

Veja mais
Fabricante mineira de pão de queijo quer entrar na bolsa

                    ...

Veja mais
Lojas Americanas lucra R$ 17,3 milhões no 2º trimestre

A Lojas Americanas registrou lucro líquido de R$ 17,3 milhões no segundo trimestre de 2015, queda de 57,3%...

Veja mais
Dólar pressiona para cima os preços do pão em Belém

                    ...

Veja mais