Comércio: desafio é atrair a classe média

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A vista para a Baía de Todos-os-Santos já atraiu à região da Contorno empreendimentos de alto padrão, como o Porto Trapiche e o Cloc Residence, ilhas de luxo entre imóveis habitados por famílias de baixa renda. Agora, a Conder planeja atrair, em um primeiro momento, 139 famílias de classe média para ocupar casarões situados entre a Conceição da Praia e a Ladeira da Montanha, dentro do Projeto de Revitalização do Centro Antigo de Salvador. Além disso, outras 413 unidades habitacionais para baixa renda devem ser reformadas para uso por meio do Programa de Habitação de Interesse Social.

"O desafio é atrair essas pessoas", avalia a diretora do Centro Antigo de Salvador, Beatriz Cerqueira Lima, que coordena o projeto de revitalização da área. O fundo imobiliário que está sendo negociado entre o governo do estado e a Caixa Econômica Federal prevê o empréstimo de dinheiro para quem esteja interessado em adquirir casarões na área para morar ou montar um negócio.

Somente para essa primeira etapa do projeto, que foca o trecho entre a Contorno, a Conceição da Praia e a Ladeira da Montanha, devem ser empenhados R$ 43 milhões, numa das estratégias que estão sendo adotadas pelos poderes públicos para atrair a classe média.

Um público que frequenta a área para trabalhar, resolver questões burocráticas e até ir a restaurantes e bares da moda, mas ainda não se vê morando no bairro.
"O Comércio, assim como toda a Cidade Baixa, tem grande potencial para o mercado imobiliário. Mas falta terreno para construir", afirma o corretor de imóveis Wesley Brito, para quem as incorporadoras têm o maior interesse no desenvolvimento do bairro como mercado imobiliário, mas enfrentam restrições em uma área com muitos imóveis tombados.

Luta antiga A tentativa de atrair a classe média é só um capítulo a mais na antiga luta para revitalizar uma das áreas mais bonitas da cidade, que, apesar de ter equipamentos como o Mercado Modelo, o Museu de Arte Moderna e um belo conjunto arquitetônico, ainda não conseguiu se firmar como um porto para investimentos.
Depois de dez anos em negociação, por exemplo, a rede que administra os hotéis Hilton desistiu de ocupar as ruínas do famoso casarão de fachada de azulejos que durante anos abrigou um supermercado da extinta rede Paes Mendonça. No seu lugar deve ser construída a nova sede do Arquivo Municipal, segundo anunciou recentemente o secretário municipal de Cultura e Turismo, Érico Mendonça.

No plano estadual, o governador Rui Costa manifestou a intenção de que o Centro de Convenções da Bahia seja transferido para uma área no Comércio, nas proximidades do Porto de Salvador. A mudança depende de uma negociação com a Marinha do Brasil, dona do terreno. "São projetos bem-vindos, que podem ajudar a revitalizar o Comércio", afirma Beatriz Cerqueira Lima.

Como foi antecipado pelo caderno Imobiliário, em dezembro de 2014, o escritório Centro Antigo de Salvador coordena uma programa de revitalização que prevê investimentos públicos e privados nos bairros centrais da cidade com o apoio de um fundo imobiliário. A primeira etapa da reforma foi anunciada para região que vai da Avenida Contorno à Ladeira da Montanha, trecho que deve receber R$ 43 milhões para investimentos em imóveis.



Veículo: A Tarde - BA


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