Empresas investem para recuperar imagem de desconto da Black Friday

Leia em 4min

Eletrônicos, roupas, acessórios e cosméticos estão entre as categorias com maior interesse de compra durante a maratona de 24 horas de vendas que acontecerá no final do mês

 

 



Ampliar centros de distribuição, investir em ferramentas tecnológicas potentes e em publicidade estão entre as estratégias das varejistas que participarão do Black Friday. A ideia é melhorar a imagem com mais profissionalismo para o período de descontos.

Comparador de preços on-line, o Zoom é uma das plataformas que atuará como fiscalizadora dos descontos na Black Friday. Com mais de 300 empresas parceiras no portfólio, entre elas B2W - dona da Lojas Americanas e Submarino -, Walmart e Fast Shop, a companhia irá sinalizar ao consumidor, quais as redes que realmente estarão com preços atrativos. "Monitoramos as companhias e temos listados os todos os produtos e preços praticados ao longo do ano. Dessa forma, conseguimos identificar um desconto real, que contará com um selo de aprovação", disse o diretor executivo do Zoom, Thiago Flores.

De acordo com ele, entre as ações adotadas pela companhia para assegurar a credibilidade das redes parceiras está à criação de um seguro reembolso no valor de até R$ 3 mil. "O consumidor acessa nossa plataforma, escolhe a melhor oferta e é direcionado para o site da empresa, onde finaliza a compra. Caso ele não receba o produto, ressarcimos o dinheiro, fato que nunca aconteceu", ressaltou.

Ao investir em consultores virtuais que tirarão as dúvidas dos consumidores, a projeção da companhia é que o fluxo de visitas à plataforma aumente até 700% na data.

Perspectivas


Segundo um levantamento feito pela consultoria E-bit - especializada em e-commerce -, este ano o Black Friday deve movimentar R$ 1,2 bilhão, valor 56% maior na comparação com 2013. Entre os itens de maior interesse, o destaque continua com o setor de informática e eletrônicos. Já o tíquete médio deve ficar em R$ 355, totalizando 3,37 milhões de pedidos.

"Essa é uma data muito recente para o varejo brasileiro, mas o setor está melhor preparado para atender a demanda, que está sendo vista por instituições como uma previa do Natal", contou o sócio-diretor da consultoria da GS&MD, Alexandre Van Beeck.

Na Mobly - e-commerce especializado em decoração - o planejamento para a campanha da sexta-feira de 28 de novembro começou em janeiro. "Após o sucesso que tivemos na edição de 2013, decidimos antecipar o planejamento para melhorar o atendimento este ano", afirmou o gerente de marketing, Felipe Brasileiro.

O executivo explicou que a negociação com a indústria também foi no primeiro semestre, para garantir a maior quantidade de produtos em oferta. "Assim que terminamos o planejamento estratégico para a data temática, começamos a negociar com os nossos fornecedores".

A Mobly está com um centro de distribuição três vezes maior que o ano passado, assim conseguirá encurtar o prazo de entrega dos produtos vendidos. "Em São Paulo conseguimos entregar os produtos de três a quatro dias úteis", contou Brasileiro.

Na Dafiti, as ações de marketing começaram logo após a edição do ano passado da "sexta-feira preta". "Começamos com o marketing logo após a última edição. Buscamos sempre a otimização dos mecanismos de busca na internet", disse o co-fundador e CEO da empresa, Malte Huffmann ao DCI.

O executivo afirmou também que melhorias nos sistemas logísticos e na tecnologia do site foram feitas para evitar bugs. "Fazemos testes para simular o fluxo intenso de pessoas e evitar que o site saia do ar", explicou.

Para atrair a atenção do consumidor, a partir da próxima segunda-feira a Dafiti entrará com ação promocional chamada Color Week. "No período daremos descontos de 60% em produtos identificados por cor. Na madrugada de sexta-feira entramos com descontos de até 80% e na segunda participamos da segunda-feira de descontos", ressaltou. A companhia também ampliará o quadro de funcionários para atender a demanda do evento este ano. "Além de contratar, nos treinamos os funcionários para atender o consumidor".

Saúde e beleza

Na farmácia on-line Netfarma equipes específicas vão trabalhar 24 horas para atender a demanda. "Nosso site está apto a atender a demanda da Black Friday. Nosso diferencial são nossas equipes de logística, TI, comercial, marketing e atendimento, que virarão 24 horas para atender todos os consumidores do site", informou a diretora de marketing da empresa, Edilaine Godoi.

A executiva estima que a loja virtual venda 30% a mais no mês de novembro e que os kits devem ser os produtos mais procurados no período. "Produtos de higiene e beleza são sempre os mais procurados. Preparamos mais de 3.000 ofertas nas categorias mãe e bebê, higiene e cuidados, maquiagens, qualidade de vida e aparelhos e testes. Além dos descontos será possível adquirir kits incríveis: Leve 3 Pague 2, Leve 2 e Pague 1".




Veículo: DCI


Veja também

Master Blenders busca elevar vendas no Brasil

A multinacional D.E Master Blenders 1753 começou a desenvolver uma estratégia para ampliar suas vendas e r...

Veja mais
Utam investe em fábrica e lança novos produtos

A Café Utam está investindo R$ 6 milhões em equipamentos e infraestrutura em sua unidade em Piumhi ...

Veja mais
Laticínio Porto Alegre investe até R$ 25 milhões em Minas

Recursos estão sendo aplicados na ampliação da fábrica de Ponte Nova visando à divers...

Veja mais
Calçadistas projetam retomada dos negócios

Tendência de desvalorização do real em relação ao dólar aumenta as expectativas...

Veja mais
Farmacêuticas querem ampliar exportação de medicamentos

Executivos do ramo farmacêutico discutirão com representantes do governo federal medidas para destravar as ...

Veja mais
China e Austrália terão acordo que reduz espaço para carne brasileira

Tratado derruba tarifas de importação e beneficia setor de bovinos e vinhos do país da Oceania. An&...

Veja mais
Queda na demanda ainda afeta setor citrícola

CitrusBR investe um milhão de euros em campanha de comunicação para fomentar consumo de suco de lar...

Veja mais
Comércio de tablet dispara enquanto o de computador despenca

Enquanto as vendas de computadores caíram 31% de janeiro a setembro, o comércio de dispositivos móv...

Veja mais
Inovação puxa vendas no setor de alimentos

Em alimentos, o novo não é necessariamente algo jamais visto. Mas as marcas que se esforçam para en...

Veja mais