Redes de médio porte querem se aproximar do consumidor

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Para atrair clientes, empresários apostam em ampliação do mix, em especial de beleza, além da modernização das lojas e melhoria na gestão dos estoques

 



Lojas conceito, aumento no mix de produtos e melhorias no atendimento são algumas das estratégias adotadas por redes de pequeno e médio porte para ganhar espaço no mercado farmacêutico.

Um das companhias que está atenta ao movimento do setor é a rede de farmácias São Bento. Com forte atuação nos estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, a empresa abrirá a primeira loja conceito em 2015, que servirá de espelhos para as 82 unidades da rede - todas próprias -, como apontou o diretor comercial da marca, Luís Fernando Buainain. "Esse foi um ano diferente. Fizemos uma higienização nos negócios, fechando nove lojas que não estavam bem. Mesmo assim, mantivemos o faturamento".

De acordo com o diretor comercial, os investimentos fazem parte do projeto de modernização da rede, que nos últimos anos aprimorou os processos internos, com melhorias nos estoques, nas lojas e atendimento. "O aporte fez com que não sentíssemos o impacto negativo do mercado. Além disso, o movimento fez a concorrência se mexer, já que nos preparamos para a chegada delas nas cidades", ressaltou.

Futuro

Com projeção de reformar 15 unidades e abrir outros 10 pontos de venda em 2015, Buainain diz que a São Bento não tem perspectivas de abrir unidades em outros estados. O plano da rede é se consolidar nos estados de atuação. "Temos muitas cidades do interior ainda com grande potencial de investimento".

Ao prospectar um incremento de 16% nos negócios este ano, o executivo disse que entre as apostas da empresa estão os produtos de marca própria, impulsionados pela categoria de beleza. Para ele, essa é uma tendência no mercado, já que a população busca cada vez mais produtos de alto valor agregado. "Hoje temos 32 dermoconsultoras na rede. Também iremos ampliara nossos itens de marca própria".

No mercado atualmente, estima-se que existam mais de 68 mil farmácias comerciais m atuação no País, sendo que apenas 12 delas detêm mais de 55% do segmento. É o que apontou o presidente da Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma), Sérgio Mena Barreto.

Mudança de hábito


Segundo Barreto, as grandes redes como a Raia Drogasil, a DSPS (Drogaria São Paulo e Pacheco), Pague Menos, entre outras representam mais de 50% do mercado pois já se adaptaram as mudanças no perfil do consumidor. "Pelo menos 70% do público consumidor de farmácias são mulheres", afirmou Barreto.

Para o especialista, a diferença pode ser notada principalmente entre as consumidoras da classe C, que deixaram de ser experimentadoras de alguns itens cosméticos para se tornaram clientes fixas das redes. "As drogarias estão melhores estruturadas, mas ainda não estamos satisfeitos e acredito que ainda existe muito espaço para avançarmos".

O executivo contou ainda que o setor tem grande potencial de crescimento no País, já que as principais companhias do segmento estão presentes na sua maioria em cidades com mais de 500 mil habitantes. "Temos mais de seis mil municípios no Brasil, sendo que as empresas estão presentes apenas nas 500 maiores cidades do País. Podemos projetar pelo menos mais mil cidades com potencial de investimento". A estimativa é que o setor cresça 16% e tenha faturamento de R$ 32 bilhões.



Veículo: DCI


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