Varejo de artigos de decoração faz do e-commerce uma vitrine para vendas

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Frente às mudanças de mercado e a forte incursão das plataformas online no setor do comércio, varejistas de artigos para casa e decoração começam a enxergar no e-commerce uma oportunidade para acelerar as vendas tanto nos canais virtuais como físicos.

 

“Sem dúvida o comércio eletrônico é uma realidade para qualquer negócio. Nesse setor, o varejista tem que pensar nos consumidores sem tempo para ir até a loja ver o produto. O e-commerce pode ser muito mais consultivo para pesquisa de produtos nesse caso. Ainda há a necessidade de sentir o material pessoalmente”, afirmou a professora de economia especializada em varejo da Universidade Presbiteriana Mackenzie, Vania Dohme.

 

De acordo com ela, as lojas físicas de artigos de decoração vêm assumindo o papel de um ambiente de experimentação daquilo que o cliente viu no comércio eletrônico, o qual pode ser visto como uma “vitrine virtual.”

 

Em 2017, esse mercado como um todo movimentou R$ 54,1 bilhões no Brasil, com destaque para a região do Sudeste – responsável por 46,2% desse faturamento, segundo os dados da Associação Brasileira de Artigos para Casa e Decoração (ABCasa).

 

Segundo o presidente da entidade, Renato Orensztejn, no período pós-crise, os players desse segmento tem buscado se adaptar aos novos canais de venda por meio da ampliação de seus portfólios de produtos; apostando na especialização em nichos de mercados específicos.

 

Na prática

 

Um dos exemplos de negócio que está em linha com as visões de segmentação de mercado e crescimento da relevância do ambiente online nos negócios é a rede de lojas Tânia Bulhões, voltada para o comércio de louças. “As nossas vendas no e-commerce têm crescido muito em função do nosso investimento em campanhas nas redes sociais”, argumentou o CEO da rede, Marcelo Nogueira.

 

De acordo com o executivo, o comércio online é responsável por 20% das vendas totais do negócio. Para Nogueira, os aportes no ambiente online refletem também uma maior recorrência de clientes mais jovens nas lojas, gerando também uma reformulação no portfólio de produtos e embalagens da empresa. “Vemos a necessidade de colocar mais jovialidade para a marca”. O tíquete médio está em R$ 800.

 

Outra estratégia mencionada pelo executivo diz respeito às listas de casamento, que funcionam como um “catalisador” de vendas para o negócio, tendo em vista o foco em louças e pratarias. “Normalmente, quando a noiva ganha os nossos produtos já vira uma cliente. As madrinhas do casamento também tem, no geral, mais ou menos a mesma idade de quem está se casando”, disse.

 

Já o diretor administrativo da rede Breton, André Rivkind, afirmou que atende um público um pouco mais amplo e enxerga uma exigência maior dos consumidores em virtude do acesso à informação, independente da idade. “Nosso público pertence à Classe A e a faixa-etária é de 25 até 60 anos”, observou Rivkind.

 

O executivo diz, sem citar cifras, que o crescimento das vendas online vem evoluindo 50% anualmente. Mesmo com tal evolução, a representatividade do canal virtual diante das vendas totais ainda é pequena, cerca de 5%.

 

“O consumidor acaba vendo na nossa loja online e a conversão de compra acaba ocorrendo mais no ponto físico”, disse. Segundo ele, atualmente o e-commerce ainda está mais alinhado ao papel de vitrine.

 

Fonte: DCI

 


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