Entregas do varejo online atrasam e setor estima perdas de R$ 280 milhões

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Associação do setor afirma ainda que houve um 'forte aumento de custos logísticos' e que consumidores estão com medo de comprar pela internet e não receber.

 

A greve de caminhoneiros já começa a impactar a entrega de produtos comprados pela internet, após quatro dias de paralisação. A Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm) afirma que os transportes de mercadorias estão atrasados e que há um “forte aumento de custos logísticos” com a reprogramação dessas encomendas. Em nota, a entidade cobrou o fim da greve.

 

“A ABComm considera o fato gravíssimo, haja vista a proximidade com uma data sazonal importante, que é o Dia dos Namorados, no qual muitos consumidores optam por realizar compras pela internet. A entidade estima que mais de oito milhões de pedidos sejam realizados para a data”, diz o texto.

 

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Os protestos também já afetam o trabalho dos Correios, que suspenderam temporariamente as postagens Sedex com dia e hora marcados (Sedex 10, 12 e Hoje). Já as postagens do Sedex tradicional e do serviço PAC continuam funcionando normalmente, segundo a empresa.

 

A empresa Ebit fez um levantamento em que estima uma perda de R$ 280 milhões para o setor de comércio eletrônico por causa da greve. Segundo a empresa, que trabalha com dados de compradores online, a greve de caminhoneiros já afeta o faturamento das empresas – e, principalmente, as vendas online de eletrônicos e eletrodomésticos.

 

"O consumidor está com receio de comprar no comércio eletrônico porque uma situação como essa de greve gera incerteza com relação à entrega do produto", afirma André Dias, diretor-executivo da Ebit.

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As lojas C&C enviaram nesta quinta-feira (24) uma mensagem de texto na qual avisam sobre eventuais atrasos em entregas a clientes. Segundo a mensagem, os produtos terão um novo prazo para chegar ao endereço do cliente. Procurada pelo G1, a assessoria de imprensa da C&C não se manifestou.

 

Mensagem da C&C enviada pelo celular a clientes nesta quinta-feira (Foto: Reprodução) Mensagem da C&C enviada pelo celular a clientes nesta quinta-feira (Foto: Reprodução)

Mensagem da C&C enviada pelo celular a clientes nesta quinta-feira (Foto: Reprodução)

Por outro lado, o empresário Eric Alamino, um dos diretores da Inovath Express, constatou um aumento na contratação dos serviços da empresa de frete. Segundo ele, por receio de ficar sem combustível, algumas pessoas já entraram em contato nesta semana para pedir o transporte de alguns itens por motofrete.

 

Em uma das situações, um vestido de noiva foi levado de São Paulo para São José dos Campos por um motoqueiro. A empresa teme, porém, que a falta de combustível afete as suas entregas.

 

Transtornos nacionais

 

O quarto dia de greve teve reflexos pelo país. Pelo menos 25 estados e o Distrito Federal registraram protestos. Houve fila nos postos de gasolina, que registraram falta de combustíveis e grande variação de preços. No RJ, 90% dos postos estão secos, de acordo com o Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis do Estado do Rio de Janeiro.

 

O número de ônibus em circulação foi reduzido em algumas cidades, como Campinas, que operou com 50% da frota. A Prefeitura de São Paulo, por exemplo, autorizou a redução de 40% da frota ao longo desta quinta. Ainda em SP o rodízio de carros e a coleta de lixo foram suspensos nesta sexta-feira. A greve também causou problemas de abastecimento e impactos na produção de frigoríficos.

 

Fonte: G1

 

 


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