Indústria eletroeletrônica reúne esforços para retomada em 2017

Leia em 2min 30s


Apesar de ligeira melhora nestes últimos meses, Abinee prevê que faturamento caia 30% no ano



Com uma queda no faturamento estimada em 30% para este ano, a indústria elétrica e eletrônica de Minas Gerais já deixou 2016 para trás e agora aposta todas as suas fichas em um início de retomada da atividade para 2017. Diretor regional em Minas Gerais da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee) e vice-presidente do Sindicato da Indústria de Aparelhos Elétricos, Eletrônicos e Similares do Estado de Minas Gerais (Sinaees-MG), Alexandre Magno d'Assunção reconhece que até houve uma ligeira melhora nesta reta final do ano frente a igual período em 2015, mas nada suficiente para justificar o começo de uma reação do setor.

 

Assunção destaca que a indústria eletroeletrônica do Estado conseguiu sobreviver "a duras penas" em 2016. Muitas fábricas fecharam as portas, houve redução de 11,5% nos postos de trabalho no setor em Minas e as exportações caíram, tudo reflexo da crise econômica que ainda persiste sobre o País.

 

Dados divulgados ontem pela Abinee mostram que, de janeiro a outubro deste ano, o déficit da balança comercial dos produtos elétricos e eletrônicos no País somou US$ 16,43 bilhões. O baixo nível da atividade é reflexo do recuo tanto das importações como das exportações. Nos dez primeiros meses de 2016, as vendas do setor para o mercado externo foram 3,2% inferiores na comparação com o mesmo período do ano passado, fechando em US$ 4,66 bilhões. Enquanto isso, as importações tiveram queda de 23,7% em igual intervalo e somaram US$ 21,1 bilhões.

 

Perspectiva - Para 2017, porém, a perspectiva pela consolidação de uma estabilidade política e pela melhora de indicadores como inflação e taxa de juros dão à indústria eletroeletrônica maior confiança na recuperação.

 

"Esses fatores trazem as condições para que tenhamos uma injeção de capital externo no País e, consequentemente, possamos fazer investimentos e alavancar o setor no Brasil. Estamos apostando nisso. Acreditamos que 2017 será o ano da recuperação, do início de um processo longo e doloroso de recuperação", pondera Assunção.

 

Apesar do otimismo, o diretor regional da Abinee em Minas acredita que o desemprego deve continuar assombrando os brasileiros no próximo ano. Para Assunção, a estimativa do setor eletroeletrônico é de que, em 2017, o indicador se deteriore um pouco mais, antes de começar efetivamente a melhorar, o que deve ficar para 2018.

 

"Temos que tratar com responsabilidade as reformas fiscal e trabalhista. Enquanto isso não for feito, o crescimento do nosso País não vai acontecer da forma que poderia. Também não podemos ficar dependentes de taxa cambial para vender, temos de ser competitivos, com uma política interna que nos favoreça dentro e fora. Isso é primordial", pondera.


 

Fonte: Diário do Comércio de Minas

 


Veja também

Perto mostra terminal de autoatendimento para supermercados na Convenção ABRAS

Um terminal Self-Checkout em que o próprio usuário pode fazer o seu atendimento, checagem de preço ...

Veja mais
Symphony EYC lança software na 50ª Convenção ABRAS

Desenvolvida pelas empresas do Symphony Technology Group, que contam com alguns dos principais especialistas do mundo em...

Veja mais
Juro do cartão se aproxima de 500% ao ano em setembro e bate recorde

Taxa do cartão avançou de 475%, em agosto, para 480,3%, em setembro.No cheque especial, juros subiram para...

Veja mais
Vendas online devem dobrar até 2021

São Paulo - Um estudo encomendado pelo Google junto a empresa Forrester Research indicou que as vendas na interne...

Veja mais
Vendas pela internet devem dobrar até 2021, diz pesquisa do Google

Em 2021, a participação dos smartphones no e-commerce será de 41%.Nos próximos 5 anos, mais ...

Veja mais
Uso de cartão de crédito prejudica famílias paulistanas

Pesquisa da FecomercioSP revela que o cartão de crédito continua o maior protagonista do cenário de...

Veja mais
Visa foca em produtos para fidelizar clientes e agilizar compra de olho no varejo no Brasil

A ferramenta dá opção aos consumidores a usarem seus pontos de programas de fidelidade em compras d...

Veja mais
Taxa do cartão de crédito está no maior nível em 21 anos

Cheque especial também apresenta alta, segundo pesquisa da Anefac  São Paulo - As taxas de juros das...

Veja mais
Cliente está pronto, mas inovação no comércio é incipiente

Falta agilidade. Pesquisa mostra que o brasileiro busca cada vez mais por novas ferramentas para comprar. Apesar disso, ...

Veja mais