Vendas pela internet devem dobrar até 2021, diz pesquisa do Google

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Em 2021, a participação dos smartphones no e-commerce será de 41%.
Nos próximos 5 anos, mais 27 milhões farão sua primeira compra online.


Pesquisa do Google divulgada nesta segunda-feira (17) mostra que o comércio eletrônico deve dobrar sua participação no faturamento do varejo até 2021, crescendo em média 12,4% ao ano. Isso representa que as vendas vão dobrar em cinco anos, chegando a R$ 85 bilhões. A participação deve sair de 5,4% em 2016 para 9,5% em 2021.

Um dos fatores para o crescimento da receita do e-commerce virá de novos consumidores virtuais.

Segundo a pesquisa, nos próximos 5 anos, mais 27 milhões de pessoas irão fazer sua primeira compra online, totalizando 67,4 milhões. Isso irá representar 44% dos internautas em 2021, segundo o estudo.

O levantamento foi realizado entre 14 e 22 de março deste ano com cerca de 4.500 pessoas nas faixas etárias de 16 a 75 anos. Cada uma respondeu a questões sobre três categorias de produtos que foram, aleatoriamente, selecionadas com base nas compras realizadas nos últimos 3 meses, online ou offline, pelo menos em uma das 14 categorias do estudo: roupas e acessórios, calçados, móveis, beleza e cosméticos, livros, eletroportáteis, eletrodomésticos, artigos e roupas esportivas, televisores, computadores e periféricos, equipamentos de áudio e vídeo, tablets, smartphones e alimentos e bebidas.

Com o amadurecimento desses consumidores, a variedade de produtos comprados será ampliada. Itens como roupas, calçados, beleza e alimentos devem crescer acima da média do e-commerce, ampliando sua participação no bolo total já em 2018. A previsão é de que artigos e roupas esportivas e livros cresçam 17%, e roupas e beleza, 15%, entre 2016 e 2021, acima da média anual de 12,4%.

Assim, roupas, calçados, beleza e alimentos, que em 2010 tinham 11% no bolo de participação das vendas, em 2018 devem ter 25%. Já os eletrônicos, computadores, livros e mídia devem cair de 65% para 52%.

Segundo o estudo, 19% das vendas totais do varejo restrito offline (desconsiderando alimentos e bebidas) já sofrem influência do meio digital, totalizando R$ 165 bilhões até o final de 2016, e até 2021 essa influência deve crescer ainda mais, chegando a 32% das vendas.
Quando combinado esse número com as vendas totais do e-commerce, esse percentual de influência é ainda maior, sendo 25% em 2016 e deve chegar a 42% até 2021.

Os smartphones terão maior participação nas compras e vão impulsionar os investimentos em iniciativas com foco em mobile. Até o final deste ano, a previsão é de que 19% das vendas do e-commerce deverão ocorrer em dispositivos móveis. Em 2021, a participação será de 41%.

Hoje, 30% dos internautas só podem ser alcançados através do mobile, pois não acessam a internet em outros dispositivos.

Os consumidores serão mais informados e os varejistas terão foco cada vez maior em entender as motivações, comportamentos e afinidades deles.

As iniciativas omnichannel, nas quais há a integração entre o online e o offline, receberão maior investimento para aumento de competitividade. O consumidor omnichannel usa todos os canais de vendas (físicos e virtuais) simultaneamente, e as empresas irão acompanhar esses clientes. Esses consumidores multicanal gastam até 40% a mais e são mais fiéis se comparado àqueles que fazem compras apenas em um canal, segundo a pesquisa.

De acordo com o levantamento, eletrônicos, livros e eletrodomésticos ainda são categorias nas quais o online exerce mais influência nas vendas na loja física. Seis em cada 10 vendas desses produtos são precedidas pela interação com a web, e até 2021 essa influência deverá ser ampliada, atingindo 8 em cada 10 vendas. Os smartphones são os produtos com a maior influência da web, ou 69% das vendas totais. Moda e calçados têm uma influência média (30%).

Fonte: Portal G1


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