Microvarejistas passam a contar com sistemas em nuvem para os caixas

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São Paulo - Desde janeiro deste ano mais de 600 microvarejistas passaram a adotar uma nova solução de frente de caixa que surgiu no mercado. Ideal para os pequenos negócios como food trucks, bonbonnières, pequenas sorveterias ou quiosques de shoppings, a ferramenta é um software de gestão com solução em nuvem.

O sistema foi criado pela empresa de tecnologia da informação Pingobox e por ser mais enxuto - ao funcionar com cloud computing (em nuvem) pode ser acessado através de um tablet, smartphone ou computador de mesa. Como a adesão ao serviço tem sido grande, a empresa espera triplicar o atendimento até o fim do ano.

"A solução chega a ser até 70% mais barata do que as demais tecnologias que existem hoje no mercado, pois o cliente varejista tem de pagar apenas uma assinatura, a partir de R$ 99,90 por mês", afirmou o sócio-fundador da Pingobox, Felipe Lachowski.

Para ele, a tecnologia, que foi criada há pouco tempo, é uma alternativa para o pequeno varejista em tempos de crise. Com a plataforma, explicou, é possível acessar as informações de gerenciamento de caixa e estoque de maneira remota.

"Isso tem atraído cada vez mais a atenção dos microempresários, que podem controlar a frente de caixa mesmo estando fora do ponto de venda. As micro e pequenas empresas são as que mais têm de buscar maneiras alternativas para reduzir custos em tempos de escassez de crédito e redução de consumo entre os clientes".

Ferramenta

O executivo da Pingobox afirma que a empresa começou a vender a ferramenta no início deste ano, ocasião em que atraiu apenas três clientes. Aos poucos, o boca a boca e a divulgação do sistema ajudaram a torná-lo mais conhecido e o crescimento das vendas surpreendeu. "Isso porque o meu negócio não é voltado para a venda de tablets, nada disso. Trata-se na verdade de uma plataforma de gerenciamento do negócio. Ou seja, ao invés daquela velha cadernetinha para anotar o que entrou de dinheiro, o que saiu de produtos e como está o controle de estoque, por exemplo, agora passa a ser completamente feito de maneira inovadora"

Para Lachowski, o grande diferencial da companhia foi ter feito um levantamento para encontrar opções de mercado e após ter percebido o nicho mais interessante para atuar - os das microempresas. Depois, a estratégia acertada foi oferecer em mecanismos para facilitar a vida do empresário. "Se for mais fácil para o cliente, ele vai ter mais tempo para cuidar da própria operação e isso é um grande atrativo", destacou.

A demanda da Pingobox tem sido tamanha, que a empresa tinha meta de fechar 2015 com um faturamento na casa de R$ 1 milhão apenas com o aluguel do sistema, mas garante já ter revisto esse número para cima, depois que terminou o primeiro semestre. "Agora prevemos movimentar este ano pelo menos R$ 1,5 milhão de faturamento. Isso porque a perspectiva é fechar o ano com pelo menos 1.500 clientes ativos na carteira", explicou o sócio.

Para ele, o atendimento tende a ser mais concentrado nas capitais e no Estado de São Paulo (SP), sendo que a área de alimentação deverá ter destaque na contratação do serviço. "Nós temos sentido uma procura maior por bufês, restaurantes de comida chinesa e pela área de fast-food como um todo", comentou o executivo da Pingobox.

Os revendedores autorizados da plataforma são treinados a explicar que o custo inicial do sistema não chega a 10% das soluções de automação do mercado, e que a operação é simples e intuitiva, justamente por isso dispensa treinamentos complexos tanto para o microempresário como para os funcionários.

"Sem falar que o gestor pode acessar em tempo real os relatórios completos, separados por vendedor, período, meio de pagamento etc. Com isso, ele tem uma visão geral das vendas e consegue planejar melhor sua atuação, apostando em produtos que vendem mais para aumentar sua margem de lucro", ressalta Felipe.

Crédito e cobrança

Depois da parte de gerenciamento de caixa, outra ponta do negócio de alguns varejistas que também é decisiva para o sucesso da empresa é a área de cobrança e avaliação de risco de crédito.

Neste sentido, a empresa de tecnologia Check Express percebeu que era possível explorar um mercado carente.

Com mais de 50 mil clientes atendidos no varejo, além de 120 revendedores credenciados, espalhados por todo o território nacional, a empresa desenvolveu um plano de negócio que considera inovador, justamente para atender ao pequeno e médio empresário que necessita de serviços ativos de crédito e de combate à inadimplência.

A companhia diz ter desenvolvido a Rede Sinal Verde, um conceito de franquias com plano de negócios, estudo de viabilidade, operação, manual de identidade visual e implementação de software de gestão (ERP). "A rede adota práticas de cobrança e avaliação de risco e crédito de alto nível", falou o diretor da bandeira, Marcio Fantini.

Segundo ele, geralmente o pequeno e o médio comerciante não tem como contratar uma empresa de grande porte para verificar o porquê da inadimplência. Após investir em estudos de capacitação e buscar orientação na Associação Brasileira de Franchising (ABF), a Check Express desenhou o formato da Rede, que passou a ser distribuidora autorizada da Serasa Experian e a oferecer suporte para redução de inadimplência. "Estamos otimistas com os resultados, sabemos que ainda há muito para ser feito e nossos planos em 2015 são a consolidação."



Veículo: Jornal DCI


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