Ecoeficiência ganha mais importância na construção

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                             Conceito deixou de ser visto apenas como custo e, embora ainda siga no rol de ativos intangíveis, vem atraindo cada vez mais redes varejistas



São Paulo - Empresas de engenharia e consultorias do mercado imobiliário têm percebido a demanda pela gestão de ativos ecoeficientes, sobretudo para clientes do comércio varejista. Com planejamento estratégico, redes como Leroy Merlin e Grupo Pão de Açúcar também têm aumentado as obras neste sentido.

Consultoria em sustentabilidade na construção civil, que garante trazer para o varejo oportunidades para redução de impactos socioambientais aliadas à redução de riscos e custos operacionais, a Inovatech Engenharia promete tornar mais sustentáveis os negócios das empresas. E a demanda parece aquecida: "Nossa projeção este ano é aumentar em 20% o faturamento da empresa, ao abrir o leque de atendimento com também gestão de edifícios em uso, em termos de ecoeficiência, além de normas de desempenho para os edifícios", afirmou o diretor da Inovatech Engenharia, Luiz Henrique Ferreira.

Com clientes como a rede de material de construção Leroy Merlin, por exemplo, a consultoria desenvolve processos com atenção às demandas por certificação - mas não realiza as obras em si. "O objetivo é maximizar os resultados de sustentabilidade do ambiente construído nas do varejo. Sejam na construção de lojas, centros de logística e distribuição ou prédios administrativos", disse Ferreira

Segundo o executivo, a meta é implantar em novos empreendimentos a estratégia de sustentabilidade voltada para os ativos imobiliários. No caso das lojas da home center Leroy Merlin, o viés de sustentabilidade proposto pela Inovatech tem gerado resultado. Das 32 lojas da rede espalhadas pelo País, 22 já tiveram o trabalho de consultoria, além do prédio administrativo da empresa, e todas alcançaram a certificação de sustentabilidade Aqua-HQE - que é emitida pela Fundação Vanzolini.

Assim, ressaltou o diretor da Inovatech, a multinacional de origem francesa contabiliza imóveis cujos investimentos vão se pagar de maneira acelerada, além de já obter economias substanciais: diminuição no consumo de energia e de água, e ainda gestão do transporte e manuseio de produtos para evitar danos aos artigos.

No caso de um edifício convencional do varejo, costuma-se demorar para que o investimento retorne. No caso de um empreendimento certificado, em que o custo é um pouco maior, o retorno médio é de quarto anos. "E se pensarmos que nos próximos anos o País deverá enfrentar custos altos com as contas de energia no varejo, esse retorno certamente se dará bem antes."

Outros empreendimentos sob consultoria ambiental da Inovatech são o centro de distribuição e o edifício administrativo da Indústria de Refrigerantes Fruki, de Canoas (RS). Neles, foram considerados fatores como o uso de bicicletas por parte dos funcionários, que irão dispor de bicicletário, além de economia de água devido ao sistema de aproveitamento por meio da captação da chuva feita pela cobertura do galpão - com mais de 3 mil m² de área construída.

Supermercados

Com a instalação de claraboias com material especial no teto para potencializar a passagem de luz natural e bloquear a transmissão de calor, reduzindo em mais de 65% o consumo de energia elétrica, as "lojas verdes" adotadas pelo Grupo Pão de Açúcar são outros exemplos de gestão inteligente de ativos imobiliários.

Hoje, o Pão de Açúcar tem sete dessas unidades: quatro na capital (Vila Clementino, Santana, Granja Viana e Tamboré); além de Indaiatuba (SP); Goiânia (GO) e Recife (PE). As operações têm, entre outros diferenciais, reaproveitamento do calor gerado nas casas de máquinas para aquecer água em substituição aos chuveiros elétricos. São mais de 5 mil kWh mensais de economia.



Veículo: Jornal DCI


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