Sobrevivência de empresas já está em risco

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Um racionamento de energia no país não poderá contar com uma redução muito considerável do consumo industrial. O cenário atual é de produção em baixa, preços bem superiores aos pagos em anos anteriores e uma necessidade de melhorar a competitividade em nome da sobrevivência no mercado. Dessa forma, participar de um programa de racionalização, aos moldes do ocorrido em 2001, poderia representar o fechamento de uma série de empresas e conseqüente demissão de centenas de trabalhadores.

"Primeiro os altos custos já tornam inviáveis uma série de atividades, tanto que já existem empresas que fecharam as portas por causa do preço do insumo. Para completar, se tivermos o consumo limitado, o cenário vai ficar ainda pior", afirma o presidente da Regional Vale do Aço da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), Luciano Araújo. Ele pondera que, para segmentos eletrointensivos, como o produtor de alumínio, essa realidade é um cenário de difícil sobrevivência.

Para o consultor da LPS Consultoria Energética, Fernando Umbria, um programa de racionalização poderia ser menos nocivo para a economia se implantado em maior proporção na baixa tensão. "Há uma série de medidas possíveis de serem feitas nas residências que surtem efeitos sem afetar no nível de produção.  possível substituir tecnologias, como a implantação de lâmpadas led que são mais econômicas.  possível também reduzir o tempo no banho ou manter os equipamentos desligados quando não estiverem sendo usados. Na indústria, as coisas não são tão simples assim", afirma.

Desligamento - No racionamento implantado em 2001, os consumidores tiveram que reduzir o consumo em 20%. Caso contrário, pagavam um valor mais alto pelos megawatts utilizados além do corte definido. Como resultado, os industriais chegaram a reduzir o consumo em um percentual superior aos 20%. "A redução na época, que parecia ser algo positivo, na verdade indicava uma parada na produção. Fornos foram desligados porque não tem como usar um forno pela metade", observa.

Porém, neste ano a situação seria mais grave porque alguns fornos já foram desligados em decorrência dos custos da energia e do baixo crescimento econômico do país. Ou seja, a queda na produção será em cima de uma base menor, com possíveis repercussões mais graves no crescimento econômico do país. (TL)



Veículo: Diário do Comércio - MG


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