ACSP: 35% dos comerciantes paulistanos dizem que crise hídrica já afeta receitas

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Pesquisa feita pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP) mostra que, no geral, 35% dos comerciantes da capital paulista ouvidos dizem que a crise hídrica está "prejudicando muito" o faturamento. Em alguns setores, esse porcentual chega a 60%. O levantamento mostra também que, para 39% dos entrevistados, a falta de água está aumentando muito os custos e que 42% pensam em demitir funcionários, caso a crise continue ou se agrave, enquanto 14% já demitiram. Em alguns segmentos, a intenção de promover cortes chega a 80%.

O levantamento revela ainda que 38% dos comerciantes entrevistados pretendem reduzir o horário de funcionamento, 26% em mudar de cidade e 19% cogitam fechar seus estabelecimentos em razão da falta de água que afeta a capital paulista.

As entrevistas foram realizadas entre os dias 9 e 10 de fevereiro, com 438 empresas de 12 setores. A ACSP afirma que o objetivo da pesquisa é ser um "termômetro" que mostre de que forma a falta d'água afeta as empresas e auxilie autoridades e comerciantes numa atuação a longo prazo.

Setores
A pesquisa mostra que o impacto da falta de abastecimento é maior para alguns setores do que para outros. Os que se dizem mais atingidos são mercados, bares e lanchonetes, restaurantes, postos de gasolina e lava-jatos. Em todos eles, 60% dos proprietários afirmaram que a falta de água está prejudicando muito o faturamento. Nas padarias e salões de beleza, esse porcentual é de 54% e 52%, respectivamente. Os segmentos que se dizem menos afetados são escritórios de contabilidade e de advocacia, papelarias e editoras e instituições de ensino em geral.

Já entre os proprietários que pretendem demitir, o maior porcentual é dos donos de bares e restaurantes (80%). Entre os proprietários de restaurantes e de padarias, 65% e 64% cogitam fazer cortes de funcionários caso a crise hídrica se agrave, respectivamente. Nos mercados, 53% planejam demitir. Os proprietários de escritórios de contabilidade e advocacia são os que menos pensam em demitir. O setor e o segmento de papelaria foram os únicos que disseram que não demitiram ainda por conta da crise hídrica.



Veículo: Diário de Pernambuco


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